abril 25, 2011

O que eu não sei...

Há paciência que conduz,
Ou paz seria na ciência,
Calculista e calibrada,
Pressão qual este coração traduz.

Seria este meu espelho?
Seriam estes nossos defeitos?
Que ao dizer por relaxar,
Em qual verdade anexar?

E por falta de coragem,
Não consigo entender,
A dimensão desta realidade,
Com o que quis dizer.

Não é por imatura reflexão,
As dimensões das palavras,
Ou temor a coragem que fora dada...
Mas saber o quão perto do chão,
Chegam meus pés, ou recostam minhas asas.

As promessas feitas,
Recito-as em algum lugar,
Maturando a colheita,
Sobre o que é não mudar.


E esta passa a ser,
Mais um desabafo de valores,
Que mesmo sem perceber,
Mostra um coração com tantas dores.

Rafael Nicolay

abril 24, 2011

Será paz, será paciência...

Em qualquer lugar,
Passa por aqui,
O perdido que está,
Os pensamentos a surgir.

Emaranhados ramos,
Desta árvore de incógnitas,
Matemática frisando,
Cálculos da memória.

E esta espera,
E este pra lá...
O meu corpo venera,
O meu copo quer mais chá.

Agora caiu,
Da árvore mais alta,
Sereia bonita,
Maturo nas faltas.

E de vastas penas,
Não as sinto de mim,
Em poeta palhaço,
Viro querubim.

Certeza mais plena,
Nos laços a amarrar,
Respeito serena,
Jamais vulgarizar.

E espero amanhecer,
Mais calmo que ontem,
Feliz que o hoje,
Presentes do amanhã.

Agradecido de sempre,
Um dia mais contente,
Minha sina vislumbre,
Promessas do não mudar.

E assim recito, te peço, mas não exijo...
- "Cuida de mim enquanto não,
Me esqueço de você,
Cuida de mim enquanto finjo,
Que sou quem eu queria ser!"
(Anitelli)
Rafael Nicolay

abril 21, 2011

Que formas possuíste?

Há de pairar em minha mente,
Um exemplo de imagem,
Na dialética reluzente,
A forma do que é teu.

Entre líricas e melodias,
Transforma noites e dias,
Meus aliados,
Para mais armado ficar.

Contra o que não convém,
O que outrora fugira do bem,
A luz que reduz-se ao escuro,
O escuro que observo encima do muro.

Há de ser lembrada,
Por tal peito que pulsa,
Nossas belas tardes em palavras trocadas,
De todas as formas que nos usa.

Permita-me dizer,
Que por mais simples que sejam minhas rimas,
Olhares de perfeccionista,
Sim, esta é minha sina.

E nas formas que admiro,
Teu jeito, o nosso olhar,
O cheiro e o sorriso...

São assim por dizer,
Belas...
E em nossa filosofia 'base'...

Imerso me apresento,
Neste mais que belo relento,
Ao seu lado o luar.

E és de forma encantada,
Poesia de entrada rara,
Permita-me tua melodia,
Nas escritas do meu dia-a-dia.
Para... "R"
Rafael Nicolay

Juíz.

Calado e mudo,
Minha forma de pensar...
Mudando de assunto,
Sem saber o que falar.

Assim eu julgo,
Como tudo deve ser...
Assim eu olho,
O espelho do meu ser.

Melancólicas são,
As noites mais sombrias,
E uma angústia bate,
Nas horas mais tardias.

E sempre quando acordo,
Dou início a essa caçada,
Que nos meus modos,
É uma busca para o nada.

Nada que sou,
Nada que criei,
Julgo o que quis,
Mas não o que serei.

E a esse emaranhado,
Permanecem minhas dúvidas,
Calado e mudo,
Perambulando em minhas brumas.

E esta é mais uma,
Quando não se sabe o que dizer,
Não se sabe como calar,
Essa dor de êxtasiar!

Rafael Nicolay

abril 16, 2011

Vila dos sonhos.

Em abraços foram feitos,
Meus elos estreitos,
Pelas ruelas daquele bairro,
Outrora meu local mais frequentado...

Ao futuro que nada sei,
Aprendi a valorizar,
O amor que conquistei,
E com ele pôr-me-a sonhar.

Naquelas tardes de sol,
O amor no lençol,
Aquela nossa felicidade.

O sentimento caseiro,
Os sorrisos o dia inteiro...
E o feijão e arroz com nossa cumplicidade.

E em você guardei,
Plantada e regada semente de meu amor,
Formando esse mais belo elo,
Que para o sempre nos jurou.

E é com lágrimas aos olhos,
Que digo como sou feliz,
Ao te encontrar e te abraçar...
Oh! Coração,
Suspirando e lembrando o formato dos anis!

Permanece assim,
A lembrança daquela vila...
Que de tempos e tempos,
Torna-se minha meta do dia.

Aos corações que cativei,
Responsável sou,
À família que criei,
E ao eterno laço que se formou.

E então, nós continuamos em êxtase nesse pequeno, mais perfeito pedaço do nosso pra sempre.

Rafael Nicolay

Ser? Ser poeta!

Puro,
Matuto ou astuto,
Aquele muro...
Mural do absoluto,
Abstrato, retrato.

Da nossa grafia,
Do teu dia-a-dia,
Aquela poesia,
Mesmo que tardia,
Aparece pelo ar...

E a todos que olham,
Passam pelo muro,
Grandioso e destemido,
Poeta que em teu seio é escrito...
O que o coração quer recitar.

O muro, a nossa barreira,
Nosso obstáculo e nossa pedreira...
De pouco em pouco,
Como as palavras...
Lá tua voz canta e tuas escritas criam asas.

Recitam ao céu,
Meu ser, meu verso no papel...
Para todos ali passar,
E naquele muro alto olhar...

A humilde e tímida,
Que com vergonha é escrita,
Poesia caseira,
Formando os versos da pedreira...

Ser poeta não é ser sem-vergonha, é ser poesia. (Grupo de Sarau - Cooperifa)
'Poesia no Ar'
Rafael Nicolay 

abril 15, 2011

Bagunças.

Arruma,
A bagunça,
Ajuda...
A arrumar!

Vamos limpar,
Aquela sujeira...
Coloca pra fora...
Pra fora na lixeira.

E assim segue o fluxo,
Bendito seja,
Aquele que peleja,
Não só no serviço...
Arrumar é o seu vício.

Mas pensa...
Arruma e senta,
Descansa e respira...
Olha que beleza,
O vidro, a sala, a cozinha.

É trabalho,
Mas bem esforçado...
E se o mundo...
Fosse arrumado?

E como isso?
Arruma e senta...
Descansa e respira...
E repete amanhã,
Pensando na sua sala de visitas.

Por que arrumar? Os meus filhos que pôr-se-ão a chorar?

Rafael Nicolay

abril 14, 2011

É... Nova, bem nova!

É a vida...
É... Foto traduzida,
Transmitida, pensada...
O que é falado...
Ou melhor, fora retratado.

É, é na vida,
Do dia-a-dia...
A bela poesia,
Aquelas fantasias,
Dentro dos meus sonhos.

Por preguiça,
Ainda continua,
Sim, continua a vida...
Repetitiva e indecisa...
Mas é a vida.

Parando para pensar...
O eu que quiser olhar,
Ficar parado ao vento...
Som do nada, som do relento...
Sereno sincero...

O que? O que é mais belo...
Ah, é aquela vida...
Dos novos horizontes,
Novas corridas...
É... É a vida.

A minha, a sua, a nossa.
A minha do eu,
Pessoa do seu...
Seu? Interior...
E onde fica isso?

Ah, essa vida,
Esse frio,
Esse interior vazio?
Fica... Fica ali,
Na esquina, realidade ou sina?

Sem assinaturas, sem gravuras, apenas o bem visto, mas apenas pra quem?

Rafael Nicolay

abril 13, 2011

O zero do peito.

É como o absoluto,
Em grau, momento ou tempo...
Como o zero,
Naquele momento de reação, era eu solvente ou o soluto?

Tudo estagnado,
Um passo mais próximo,
Com mais cuidado...
Um momento de silêncio, ouvira apenas o vento.

Seus braços na medição do pescoço,
Envoltos de um simples e humilde corpo,
Unhas que afagavam os cabelos,
Sua boca em crescente... Lua inexperiente.

As covas formadas,
Uma simples atitude executada,
Perambulava pelas íris,
A cor de mel, em órbitas felizes...

O coração estagnara,
A voz silenciara,
Os olhos fecharam-se,
Aqueles lábios encontraram-se.

Traduzira em um momento,
Ao relento da noite,
A poesia em memorando,
Da saudade dos amores.

Porque é sempre bom poder lembrar dos momentos, doce da vida.
E jamais esquecer das malas que mesmo sem alça adoçaram meus cafés.

Com carinho para "M",
Rafael Nicolay

abril 12, 2011

Vida, minha vida.

E por ali passa,
Minha sorte, minha sina...
Vida! É... Feita...
Completa... Mas e eu?

Quando a vi passar,
Foi quando pensei...
Entre chaves e balões,
Onde foi que parei?

Dai não pude olhar,
Bem lá do horizonte...
Um 'ser' a acenar,
Uma mão, e mais um monte!

Peguei minhas lentes,
Transformaram-se em espelhos...
Percebi tardio,
Era estagnado o desespero!!

E Chico ainda falava, traduzia e pensava... "Vida, minha vida... Olha o que é que eu fiz..."

Rafael Nicolay

abril 09, 2011

Divergências de Sofia.

És de idéias,
No quesito de atrações,
Permanece a dialética,
A maior de tuas atenções.

Questionada por leis,
Prestigiada pelo social...
Perdurou a dúvida entre os discípulos,
Das idéias e o mundo real.

Nos primórdios da existência,
O questionar do ser...
Possuir o conhecimento,
Diferenças do saber.

Em almas grandiosas,
Guerreiros da coragem,
Preservada nos anais da história,
A busca da verdade.

Inicialmente por amor,
Aos eruditos da época,
Teorias que formaram-se,
A das formas ou idéias.

Por formas e matérias,
A verdade e a origem,
Respectivos traços,
Da Sofia das matrizes.

Agradecimentos a um bom amigo meu...

Rafael Nicolay

abril 03, 2011

Petrópolis, 27 de março de 2011.

És detentora de atenções,
Que em seu silêncio clama...
A sonoridade dos tambores,
Que assopram em meu peito.

É tão pouco tempo,
Mas já faz parte de uma família...
Que aqui escolhi crescer,
E procurando sempre mais aprender.

Poderias ser um verso,
Requintado ou singelo...
Poderias ser...

Quem sabe uma estrofe,
Em versos de um poeta...
Guarda tudo em um cofre.

Há pouco arrombado,
E muito fora levado...
Mas ainda sim lá guardou...

O que tu és,
O que traduzes...
Poesia em forma de flor.

E de alguma forma a poesia sempre prevalecerá! 

Rafael Nicolay