julho 29, 2011

Good Man

Envolto de muralhas,
Íntegro valor,
Assemelha-se a escaladas,
Um pouco de ardor.

Que remanesce em brando peito,
O homem, bem feito,
Humilde ao social,
Contra o pecado capital.

Em abrigo de luz,
Que tua segurança traduz,
E a plena sinceridade,
Retrata a Tua vontade.

E ainda é anônimo,
O espelho desse bom,
Mas continua germinando,
Esta semente, em outro tom...

Que me extingue de palavras,
E permite entrar em Tua morada,
E percebo que Fazias parte de minha,
Porém, não enxergava nada.

E é por conectivos,
Que faço minha oração,
Juntados e unidos,
Povo de uma só nação...

“É o que perdura entre a ilusão e a serenidade...”

Rafael Nicolay

julho 26, 2011

Felicitações!

Especial,
Com toque de sabedoria,
Sabor de amizade,
Dom da alegria.

Por campos simples,
Pelo sol que se põe,
Opõe-se ao medíocre,
Verdades de mãe.

Que orgulha-se de ti,
Pequeno pássaro cantador,
Em alturas com sol,
Em solo faz este verão...

Sem características,
Permanece em poesia,
Com toda a tua prosa,
Para esta sina nossa...

E procurando presentear,
Sorrio ao ver passando,
A nota de pura fermata,
Entre os tons deste plano...

E quando tento rimar,
Procuro em outra língua,
Poder te recitar,
Mais um poema, minha amiga.

"Parabéns pra você!"

julho 25, 2011

Minhas verdades, meus contrastes.

"Não existe amor impossível,
Apenas pessoas incapazes de lutar por aquilo que chamam...
De amor."
Tênue paixão,
Abstrato de meu ser,
Intrínseca ligação,
Elo de viver.

Em momentos despertos,
Sonhadores acordados,
Miragens ao deserto,
Semelhança entre fardos.

A poesia que traduz,
Sempre em códigos,
Ao poeta que reluz,
Seu amor contra seu ódio.

Em extrema absorbância,
O conhecimento precipitado,
Entre a luz e a transmitância,
Fotocélulas, está guardado.

A rima e o tesouro,
A vida e o meu ouro,
Nosso destino em nossas mãos,
Mais um assunto do coração.

E sempre acompanha-me,
A tua nostalgia,
Que perdura em campanhas,
As alegrias do meu dia.

Por fim prevaleço,
Em local que sempre perdurei,
Inspiração, recomeço,
De tudo, o todo que sempre amei...

"Você."

Rafael Nicolay

julho 24, 2011

London Eye

Volta,
A fantasia nossa,
Momento inesperado,
A magia, o reinado.

Que por um Ser,
Encanta aos olhos,
Entre amigos,
Com seu repertório.

Entre a graça,
A garça na lama,
O servo ao chão,
O cervo em direção...

As vestes sujas,
Ao que nada muda,
Por falta de atenção,
Tamanha alienação.

O inesperado,
Cervo intacto,
Servo acamado,
Primeiro contato.

Com a volta ao mundo,
O giro gigante,
Serena e constante,
Alegria interior.

"O nexo perdura,
Em sabedoria de si,
Que em solo demonstra-se,
Superior."

Rafael Nicolay

julho 22, 2011

Cantos...

Entrelaço-te,
Incômodo ser,
Estranho sentimento,
Racionalização.

Por correr em palavras,
Rimas postas, rimas largas,
Verossímil,
Idealização.

Olhos de Gregório,
Acordes e estrofes,
Silêncio em ações...
Determinante.

Oh, operar,
Destino da vida,
Acompanha ao tom,
Assim como o dom...

Querendo amar,
Aceitando sofrer,
Inspiração em crepúsculo,
Verborragia à desejar.

"Há pena em dizer,
Apenas entender."

Rafael Nicolay

julho 21, 2011

Factos!

Engrenagem de produção,
Modelo, exploração,
Ao primeiro ato,
Ao espetáculo...

Em nu cotidiano,
Excluem-se essências,
Mecânica plena,
Física moderna.

Contemporâneo,
Ante relações,
Massas de amor,
Geometria espacial.

Intérprete,
Relevância de fatos,
Compras em ações,
Ausência.

Pessoal,
Personalidades,
Intrínseco mundo,
Sem oposições.

Os três atos traduzem,
Aos intérpretes sem dores,
Pagãos de amores,
O contemporâneo bem-estar.

"Pois dizem em classes,
Distinguem-se da moda,
Transformam-se em contraste,
Esta alternatividade  ilusória."

Rafael Nicolay

julho 20, 2011

Sonho meu.

Estupefato,
À certeza,
Certa e livre de mazelas,
Beleza pura.

Novela das oito,
Meu globo em horário nobre,
Que defino meu destaque,
Meu foco, bivaque.

Que por tanto desejei,
Aprender a orar,
Sentimentos de um rei,
Escutar e amar.

Poesia que sempre simples,
Permanece em um canto oculto,
De minha mente,
De meus vultos.

Para trilhas que me dirijo,
Segue ao volante do destino,
Um local, um abrigo,
Este encontro repentino.

Que finaliza meu dia,
Me coloca em reticências,
Define a dramaturgia,
Amor, em sua plena essência.

"Poético,
Apaixonado,
Entre o tanto,
Permanece desacordado!"

Rafael Nicolay

julho 18, 2011

Remar.

Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma.
Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também!
Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade!
Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também.
Eu desisto fácil, você sabe.
Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!
Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.
Remar.
Re-amar.
Amar.



(Caio Fernando Abreu)

"Sanitude"

Portanto acomoda-se,
Com o tanto superior à súplica...
Restringem-se em mentes,
De tão pequenas e alienadas.

Ao tecido que nunca se dissipa,
Há vida em locais inesperados,
Todavia por horas tardias,
Contramão entre valores.

Esdrúxulo é ao poeta,
Tantos pensamentos para com o domador,
Que pronuncia-se no ato da festa,
"Circus" deste ator.

Em emendas produz sua síntese,
Encomendas miscigenadas,
A regra entre teses e antíteses...
Um dia, foi-se quebrada.

São em canais diferentes,
Por onde o medo entrepassa,
Entre as linhas de consciência,
Sanidade que nos extravasa.

"Aos melódicos tons,
Agradeço a um amigo,
Pois questionou ao dom:
Quão são és contigo?"

Rafael Nicolay

julho 13, 2011

Êxtase

Virtude em prol,
Atitude de nós,
Análises em rol,
Ordena-nos pós.

Ao acontecido,
Meu mais querido,
Coração...
Em mão.

Que para o peito estoura,
Entre a noite que voa,
O não saber falar,
O querer encontrar...

Em um choque de almas,
Uma história com palmas,
Predicado que não se pronunciou,
Ante o verbo que se destacou.

Sorte entre o ardor,
Unificação do calor,
Meu sentimento, com pudor...
Posse nossa, deste amor.

"Então é assim que a vida faz..."

E o tempo,
Este aliado,
Demonstra-se afiado,
Em questões do coração.

Rafael Nicolay

Era noite de alegria...

Possuía o silêncio,
Descobriria o futuro,
Pós pretérito perfeito,
Meu lema, sem 'luto'.

Era como poesia,
Para o frio que surgiu,
Em passos de alegria,
Me convenceu.

E a noite que sorria,
Para a música que teceu,
Peito em melodia,
Aconteceu.

E os novos passos são,
A cautela para com o coração,
Felicidade que enchia,
Olhos meus.

O dia amanhece,
A neblina se esvai,
Calor que me aquece,
Poesia em cartaz...

"Era dia  de folia,
Alegria se tratou,
De cuidar do coração de cada um..."
(Gabriel Taúk, Guido Martini E Fernando Madá)

Rafael Nicolay


julho 08, 2011

Alma pura.

Por vezes,
O coração poderá demonstrar,
O abrigo em paredes,
Porto à atracar.

Em tempos,
A vida nos chama,
Para uma nova dança,
Tentando nos agradar...

E o que levamos,
Não só para a experiência,
Mas com toda a inocência,
Olhos de criança por brilhar.

Lágrimas partidas,
Maçãs divididas,
E o coração intacto,
Teus versos, teus fatos.

Que englobam aqueles,
Compartilhados por vezes,
As seletivas canções,
Para com tais uniões...

Carregado,
Entretanto,
Abafado,
Em sol que está.

"Só."

Ainda que meus olhos precisem das lágrimas,
As chamas, por um sorriso,
Não podem apagar...
Com o tudo construído entre "lares",
Perdura por fim, meu coração à brilhar.

julho 04, 2011

Sambado.

É do samba,
Agitado,
Moderado,
Mais cuidado.

Entre o que perdurou,
Sobre o que acabou,
A solitude,
"Firmitude".

Devaneios,
Mesmo pelo que não creio,
Mas criei,
Laços que afaguei.

Da dor,
Paixão,
Pleno amor,
Ardor...

Confuso era aos olhos,
De um poeta de retalhos,
Pensamentos em idéias,
Um samba, uma nova moeda.

julho 03, 2011

O condutor

O meu amor,
Meu senhor,
Meu condutor,
Meu ardor...

O que eu busco,
Onde procuro,
Como expurgo,
Entre tanto luxo.

Esse interior,
Lama nos pés,
Colheita de valor,
Meu revés.

Essa rima,
Intolerante,
Entre a sina,
Deste passante.

Minha ressaca,
Minha lavra,
Borboleta da casca,
Meu Eu em espelhar...

O que Eu devo amar.

Não importa,
Você é amor,
Você têm valor,
Nesse espelho esplendor.