setembro 30, 2015

existe...

existe algo...
sei que existe, está estampado
por todos os cantos que eu quiser olhar
um quê de expressão

um olhar cabisbaixo
uma raiva canalizada no cotidiano
o dia-a-dia corrido e...
falta

o ar e o bom dia
ante à demasia de informações
a super-lotação cerebral...
para uma vida sã?

existe, de fato
uma expressão generalizada
um cansaço inexplicável...
e um sentimento atordoante

estamos, deveras, em uma nuvem
como elétrons desse mundano local
palpável e irreversível
"é." disse ele... "é uma depressão geral."

Rafael Nicolay

setembro 29, 2015

lentes

e cá estava eu
tentando olhar para o chão
com os óculos ainda em minhas mãos

como poderia imaginar
que esqueceria de utilizar
tamanha ferramenta, inseparável

e quiçá, perceberia o ato
despreparado e imediato
de buscar por algo à distâncias

quando estava cá...
perto do coração
assim como a poesia que inspira...





"e nos faz expirar
espiar de um novo ângulo de visão".

Rafael Nicolay

setembro 28, 2015

oscilações

e sábios buscaram entender
as escrituras acima do tempo
o destino velado como o vento

o caminho individual de cada um
e as tamanhas reviravoltas universais
a revolução da alma e do coração!

a movimentação de partículas
as oscilações do que somos
e as previsões sobre o que não percebemos

e eis que por mais que escrito esteja
não sabereis até que a perspectiva mude
e, por fim, a verdade reconheça.


"Que, para observar,
Necessitamos de transitividade ilustre!"

Rafael Nicolay

setembro 27, 2015

E vou te chamar...

Pra sair e tomar um café.
Te peço pra você cuidar de mim,
Enquanto checo o troco do caixa.. 
Mas olhando para o meu peito...

O barulho que ele faz...

Por favor, por hora
Por alguns instantes...
Observe-o bater
E me diga se está tudo bem.

Olhe, além disso, para a cor...

Dos meus novos olhos...
E, se de fato, ainda existe paixão
Pois, por mais que eu anseie o oposto...
A esperança sempre içará velas
Para o meu coração.

E te peço isso, mais uma vez...
Pois você, de fato, cuidou de mim
E me deu um carinho e ombros quando precisei
Saiba, por fim, que tu me deste a esperança...

"E a capacidade de querer brilhar...
Na escuridão que habita em mim."

Rafael Nicolay

A.L.

setembro 25, 2015

rumo

pedi por inspiração
talvez por nova aurora
aderi a busca por todas as constelações
quero o porvir, agora!

outrora meu mundo parou
mas deixou o gosto do girar
assim como a roda viva
vida, cíclica, me fez acordar

caminhando na contramão
dos meus mais íntimos desejos
nos mais profundos vales
que formaram-se em meu coração

hoje, perpetuo a essência
ante a tamanha violência interna
deixando a vida tomar novo rumo
à calmaria de um barco sem velas...

"Em auto-mar...
em auto-mar...".

setembro 22, 2015

fiz_

me desfaço em versos
ora tristes
ora sinceros...

reúno-me em tantas entrelinhas
tento decifrá-las
eis a alegria do dia...

ou, quiçá, tristeza...
por perdurar em pranto
sorrindo com tamanho encanto

eis a controvérsia
e a análise de toda uma vida
ante vigésimo quarto Sol

cá está o Ano Novo
o farol...
que ilumina a si...

"para interpretar o porvir...".

Rafael Nicolay

setembro 17, 2015

embriaguez

Existe um pequeno devaneio
nutrido por dantescas expectativas
de um mundo sóbrio e lúcido
onde, em algum momento, hei de estar.

Mas, deveras, sinto...
o tudo que procuro fugir
por maneiras furtivas de se embriagar

Bate à porta, adentra a casa
chega e anuncia o fato do ser
e o estar... em ilusão.

Cai, agora...
tardiamente o relato dos acontecidos
à maneira prostrada... envelhecidos
as marcas de expressões...

"Preciso, na certeza...
Assimilar o tanto do acontecido
E ficar em paz, na alma e no coração...".

setembro 13, 2015

criança

esqueci de mim
da minha criança...
um tanto arteira e
sempre em brincadeira

que dança e corre na chuva
que pula em poça e faz alegria
exalando nos poros... arte
de amar, viver... do simples


esqueci e deixei um adulto
surgir e demonstrar toda a compostura
e exercer o trabalho de gente madura
mas não deve ser, de todo, assim

preciso de ti, criança
que habita nos lugares mais
longínquos que posso conhecer
nas vielas e vales do meu coração...

"Porque crescer é, acima de tudo,
permitir a criança que existe em você.".

setembro 10, 2015

assi_atura

O que eu quero... Agora
Consiste no cortejar, por hora
E o que devo... Fazer
Eis a postura, conviver.

Posso, por hora, estar cego
E para com o último momento
Desistir e perceber o próprio ego
E sem a mais, deixo ao alento

Anseio, dentre tantos
O teu deambular para mais perto
Gosto, preciso, quero.
Mas não possuo ou ouso...

Conquistar...  O que já não é
Mas que insisto em ser
O caminho que bifurcou
E o que o coração tomou.
"E foi pra lá... E foi pra lá...".

Rafael Nicolay

setembro 07, 2015

setembro 06, 2015

_ostálgico.

Os traços que ficam...
os trejeitos marcados
a garrafa d'água cheia na janela
os cobertores e as etiquetas virados

A cama, com o seu jeito...
o criado-mudo sem defeito
as contas, os papeis...
tudo ali, organizado ao viés

A TV pendurada,
com nossas séries favoritas
os planos, no mundo de Morpheus
enquanto nossos corpos se estabilizam...

Nostálgico tamanho sentimento
que no frio adentra o íntimo do meu ser...
e demonstra que por mais que passe o tempo
certos momentos hão de permanecer...

"Quiçá, a aurora chegar...".

Rafael Nicolay

setembro 05, 2015

tho_ghts

Who can acquire the resolute truth?
In between the several plans of the youth
And passing through a kind of an ideal
For those who want to live, for real.

And the subject focus on the cycles
Of the energy, in life and a certain balance
Wherever you stay, trying to smile
There'll be the truth for an instance

Which consider life as an equal exchange
And the equation can be simple, but with pain
Would you pay the price, for curiosity?
Or any other model for privacy?

Within the essence of your being
And the failure on see someone leaving
Perhaps, it's not a definitive end
For now, it can be the perfect train...

"Someday, I'll understand..."

Rafael Nicolay