janeiro 28, 2016

Projeções.

Observo o peso de minha sombra
Afinal, qual valor inteligível seria?
Relacionado à uma característica física?
Ou a mente que assombra a vida?

Adentro, dentre as salas da psique,
O armário do zelador.
E percebo que ele,
Seu cargo deixou...

Por quanto tempo ficará fora?
Deveria eu, portanto, limpar agora?
A bagunça de severos pensamentos...
Mas, não estávamos falando de peso, no momento?

Acredito que, por fim, não sei o que focar
Perdido em tamanhas projeções
O meu ser insiste em ficar...
E qual delas virá à realidade?


"Em qual delas deposito minha real necessidade?"

Rafael Nicolay

janeiro 15, 2016

Ela.

Ela que é um tanto diferente
Madura e prontamente potente
Que emoldura e cria outros Eu
Para si, com um toque do romantismo de Deus

E possui desenvoltura
Eis que percebo que és uma aventura
Que habita o meu inconsciente
E devora o meu peito ardente

É, deveras, uma maneira de aprender
Um hábito, o teu viver
Que merece admiração
Mas sei que não buscas mérito ou atenção

Dentre todas as percepções desse outro cosmos
Não muito distante estou
Explícito está, a liberdade constante
De uma essência pura e relutante

"Contra as imposições de um mundo...
Que se esqueceu de crescer e, por fim, empedrou".




Rafael Nicolay