novembro 01, 2021

despertar do fogo.

A jornada se apresentou,

E a trupe assim se formou.

Em diversos ciclos e círculos

Com diferentes nuances e ritmos.


A aventura que requer coragem

Para um mergulho, deveras, eterno

Na imensidão das profundezas,

O fatídico buscar a si, perante a natureza.


Em passos ínfimos, diante da criação

Eis o despertar para esta conexão

Há muito, enferrujada e desgastada,

Pelos meios, demasiadamente, humanos de seguir esta estrada.


A percepção é para o agora, o aqui e o que aflora,

A magia da vida, em distintas emoções.

O amar, sem barreiras ou condições

E a poesia oculta, nos risos e sorrisos contidos na rotina.


Eis o agradecer,

Por também participar,

E assim enxergar

A bondade que Deus nos dá.


D, K, I & R.


setembro 09, 2021

Onde foi parar?

Quem sabe, está por aí
Debaixo do sofá ou no canto da janela
Nos assentos das cadeiras
Ou no closet, nas gavetas das meias e cuecas

Ou lá na cozinha, no armário de tantas xícaras
Ao lado da cafeteira, torradeira ou frigideira
Na dispensa, debaixo do pacote de feijão
Na geladeira, junto à sacola de pão

Nas mesas, sejam de cabeceira ou de jantar
Em nosso escritório ou em nosso mundo particular
Na varanda, nos varais ou na cerca...
Onde será que foi parar aquele verso, para que não se esqueça

Talvez, seja em algum lugar mais íntimo
Com um batuque, deveras, repetitivo
Existiria lugar melhor para guardar tantas poucas palavras?
Ou seria só mais um devaneio neste mar que nos acalma.

A poesia chega, vez ou outra
Nas formas corriqueiras, numa certeza duradoura
Talvez o romantismo esteja enferrujado
Mas o amor...

Está sempre do nosso lado.

R.

janeiro 12, 2021

nós dois

Eu, enquanto prosa em brasa

Tu, verso d'água

Fagulha ante a calmaria

Serenidade para o porvir de cada dia


Você, com seus olhos de imensidão

Eu, desbravador amante dos traços teus

Nós, desnudos e munidos desta lida

À complementariedade da vida


A tua serenidade, tua explosão

És a verdade do teu ser em coração

Intiga-me o bem-querer

E inspira este balbuciador de versos


A dizer: Eu te amo.

Pelo encontro... Re-encontro

Durante as longínquas viagens

Neste plano ou noutro


E os frutos? Talvez possa se perguntar

Está sendo escrito a cada minuto

A carta, portanto, que venho aqui lhe escrever

Possui a semente do querer ser


O viver mais leve

E o dizer, nada breve

Não desejo pontos, mas reticências

Em nossas viagens, experiências


O caminho, trilhamos juntos

E seguimos na nossa realidade

A certeza do amor

É a Eperança que pula para flor


Por hora, deveras, recito este meu dizer

Nestes versos feitos com amor e cheios do teu querer

É também o retomar de bons e velhos hábitos

E te fazer sorrir, por cada verso que reside em teus lábios.


Eu te amo,

R.