Poetas do circo.

"Uma piada foi contada, cadê a gargalhada? Palhaços dançando em um circo, pessoas rindo de micos. Uma bexiga foi proclamada, um estouro por uma alfinetada, assim segue o espetáculo, soltem os gorilas, ou seriam pequenos macacos? O homem que doma o Leão, está com medo do chão. A mulher mais barbada, esqueceu, barbeou-se, virou uma piada. Falando em piada, os trapezistas, que adoram voar pelas vistas, cairam pela mão, quase, mas quase no chão, uma rede segurou-os e o desespero não amedrontou-os. Vejam, o algodão doce, desmancha na boca, mas não é mesmo doce? E olhem lá, um elefante! Em cima de uma grande bola, sim, impressionante! E por fim, o poeta, vestido de pateta, recitando suas poesias em pura melodia, quando termina tudo, escutam até os surdos, os aplausos de uma platéia de mudos, porém, com sonhos monumentais e ali tudo, sim, tudo não era demais."

(Rafael Nicolay)