Eram, por fim, bolhas!
O local em que eu procurava minhas verdades, minhas bolas estouradas, meus olhos abertos para esta realidade. E que sabemos o quão dura é, como a rudeza convém com os desejos de quem se sobrepõe a quem. Em fato, minha poesia é calada, imatura, acamada... Pois meu intelecto ainda perece de uma fonte, mas que aos montes é introduzida dentro de meu ser. Esta é uma fonte que em prosa, permanece inerte e em melodia, como o óbvio, dança ao reluzente som que preste. E a prestação de serviço é parada pelo ponto final, que por inspiração, aspira meu canal... E a perfumaria, como Anitelli dizia, é o que podemos ver, mas viver sem sermos vistos é o que passa pelo previsto, o medo, a fuga, minha forma de expressão, minha constante luta. E sim, por fim, eram bolhas de sabão, livrando-me da sujeira, penetrando meus olhos com o ardor, talvez, da compaixão.
A vida que continua em meus átrios, pulsáteis e concorrendo por vagas neste espaço, vazio... Espaço que mente, a gente, mas segue em frente por rimas, rifas, tarifas e refrão. Consolidados em um único local, a minha fonte, meu ponto, novamente, final.
E por prosa em versos de poesia, toda prosa fica a vontade do dia, por assim dizer e merecer, meu valor, meu sabor, minha fonte de calor... Que traduz em um embolado de palavras, sinestesia em contato com esta lavra... Sim, sou lavrador, de primeira à terceira pessoa, mas na verdade o que eu realmente queria...
Era olhar para um mundo, momento, monumento, com maior sabedoria.
Rafael Nicolay