setembro 27, 2011

À expressa.

És dito pelo calado,
Olhar, entretanto, desafenado,
Omisso pranto,
Emoldurado.

"Por expressões que não evitei..."

Rafael Nicolay

setembro 16, 2011

Tudo.

E hoje eu quero ser o tudo,
Diferente do todo que tu precisas.
Pois como tudo,
Tudo de melhor do meu ser, tu terás...

Onde todo o dia,
O hoje,
Partirá para amanhã com o tudo,
Que eu tenho para depois...


"Pois sempre vou procurar ser tudo...
Todo tudo, menos o todo seu."

Rafael Nicolay

setembro 12, 2011

À essência.


Eis minha singela poesia,
Em pranto, à agonia...
Ao medo de acordar,
Olhos fechados ao enxergar.


Tu que emanas luz,
Em meu simplista ser traduz,
Há beleza ao mundo,
O pôr-do-sol mudo.


Eu tento,
Eu aparento,
Eu prometo,
Eu não me esqueço.


Em obras,
Em memórias,
De Ti,
Meu Pai, aqui!


O sentimento,
Neste firmamento...
Meu céu,
Nosso carrossel.


Meus lírios,
Delírios,
Ostentações,
Oh Pai, tantos corações!


"Que precisam de Ti... De Ti."

Rafael Nicolay

setembro 09, 2011

'Vozmice'.

Eis o que vejo,
Atendo ao pestanejo,
Voz, merecer,
'Vozmice'.

És de lua dourada,
Pôr-se-à prostrada,
Ao meu ingênuo coração,
Aos braços e abraços de um irmão...

Eis quem disse da alegria,
Transformaste meu dia,
Em uma época melhor,
Um amor um tanto maior.

Permita-me inspirar,
Teus perfumes,
Deixe-me intrigar,
Com teus costumes.

E ao precisar,
De um algo a mais,
Basta-me olhar,
Ao meu lado e não atrás...

Pois em humildade, sei,
Um sorriso conquistei,
Identidade com o qual,
Deitado ao quintal...

Sonhava aos montes,
Universo defronte,
Em um brilho maior,
Estrela melhor...

"Me larguei, dormi, nas margens de mim...
Acordei, percebi, você, enfim."
(OTM - Nas margens de mim - Adaptado)

Rafael Nicolay

setembro 08, 2011

Nós.

E ao pensar,
Eu começo a acreditar,
Com os pés no chão,
Que este sonho está...
Nessa visão...

Com rimas, refrão...
Em você!
Sem mais ilusão,
"Quermesse".

Entre o triunfo,
Meu coração permuta,
Nessa conduta,
Como um trunfo.

Que levo em mãos,
Às horas da contramão,
Balada assinada,
Abstração constatada.

Ah! Minha saudade,
Em pausa,
Breve encontro,
De ressalva.

Às caladas da noite,
Ao pôr-da-lua,
Antes da meia noite,
Continua...

A cantar,
Aparecer,
Semear,
Viver!

Eis quem sempre ama,
Revive esta chama,
Em lenhas de oração,
Um novo dia que...

"Sempre me mostrará,
Você,"
J.

Rafael Nicolay

setembro 05, 2011

Aldogão doce.

Quisera eu acreditar,
E toda nuvem transformar,
Em um reflexo do chão,
À sombra de algodão.

E que por vezes me pega,
Desprevinido ao pensar,
Seria ele doce?
Ou seria a nuvem a sensação?

Técnica em desenhar,
E com o giz entonar,
Aos altos ventos,
Em um brado, relento.

O desenho de coração,
A tonalidade junto a estação,
O clima em bom tempo,
À calada de um momento.

Com sol em mim,
A lua em nós,
Criando asas, querubim,
Desafina ao perceber tua voz.

E ficava o balanço intacto,
O algodão molhado,
À margem, espelhado,
Sentimento, doce, impacto.

"Difícil mesmo é ser."

setembro 04, 2011

Tevelição!

Eu gostaria de escrever,
Procurando entreter,
Tanta gente desocupada,
Tanto que eu não falava nada.

Não pensa,
Não cria,
E comenta...
E ria...

De piadas todos os dias,
Em forma concreta,
De tudo que senti,
Abstrato, não está mais aqui.

E quem é esse ser?
Essa pouca abstração,
Absorve o entreter,
Ou seria a televisão?

Em qual canal eu procuro...
O melhor e singelo e imaturo,
Comediante da rádio ou TV,
Intrigante ser em você.

Enfim à poesia,
À margens nostálgicas,
Malabares de alegria,
Ou felicidade... Espontaneidade.

"Pra ser sincero..."

Rafael Nicolay