Eu, como poeta, sou inseguro.
Faço de minha indecisão o meu mundo...
De minha sensibilidade o meu muro
E devido a tanta ternura, não mudo.
Permaneço como uma criança,
Que, por atitudes, denomino-me peralta
E que nos açudes, não deixo a minha falta.
Com uma linha sequer...
Sou aquilo que procurei dentre tantos corações,
Sou a ausência da lei, porém, não das emoções...
Sou distante, entre a estante e o instante da porta
Que se abre e revela mais uma verdade.
Sou poeta... Sou poeta!
Sou? Não sei dizer...
Entre tantos livros encontro um espelho!
E entre tantos amigos encontro o meu velejo.
"E o meu sonhar..."
Rafael Nicolay
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