dezembro 13, 2013

A chuva.

A casa caiu e a chuva chegou,
As lágrimas mesclaram-se n'água...
E, no final, o Sol enxugou...

A ferida aberta no peito,
O desespero meio que sem jeito,
E o rosto... Secou!

O Sol surgiu,
O cinza, partiu...
E que cor realmente restou?

As nuvens sumiram,
O azul colonizou...
A paisagem porta afora...

"Que este poeta, um dia adentrou...".


Rafael Nicolay

junho 16, 2013

Uno.

E quem vai pra rua?
E quem vai a lua?
É o homem ou o jovem?

É a fome ou o Ibope?
É o dia e a harmonia?
É a sátira que destorce...

A verdade e a saudade!
De uma luta mor...
De um sonho melhor?

Não duvido sobre a dor...
Talvez seja o amor...
Que resolve acordar!

"!?"

Rafael Nicolay

junho 05, 2013

Pés...

Pés no concreto,
Pensamentos na paisagem...
Pés no deserto,
Observa-se quem está de passagem.

Pés na grama,
Percepção de tantos caminhantes.
Pés na fama...
Copos de momentos embriagantes!

Pés no ar,
Cabeça na mão!
Pés para voar!
E o corpo no colchão...

Pés no incerto!
No multiverso de possibilidades...
Cabeça no concreto,
No mundo de tantas responsabilidades...

"Pés na lua,
Cabeça no chão..."

Rafael Nicolay

maio 07, 2013

Um...

Um casulo,
Uma jaula...
Um muro...
Uma aula!

Um prédio,
Um botequim...
Um perfume antigo
Um novo Arlequim...

Um canto...
Um pranto...
Um amor!
Um labor...

Um delírio...
Uma liberdade...
Um suspiro!
Uma saudade...

Um poema
Uns tantos versos
Um dilema...
Um mundo, certo?

abril 12, 2013

Estou aqui...


Estou aqui, sentado.
Sem rimas para te esperar...
Sem versos por dizer...
Sem canções para te mostrar!

Estou aqui, sonhando.
Olhando para a imensidão do céu
Imaginando, deveras, o universo...
Retirando, de mim, este véu.

Estou aqui, levantando.
Após deitar na grama fresca,
Sentir o sabor da tarde serena...
Por fim, não estou mais na mesma.

Estava ai, vivendo.
Um dia, uma hora, um segundo!
Respirando, o ar mais puro, profundo.
Comecei, simplesmente, a caminhar...

"Vivi por ai...
Agora estou em qualquer lugar."

Rafael Nicolay

abril 01, 2013

Por hora...


Por hora sou poeta,
Deveras, poetizo...
Devaneios de uma era!
E, por fim, finalizo.

Por hora sou poema,
Dentre rimas e canções,
Sou a fonética, os fonemas...
Sou expelido de vários corações.

Por hora sou poesia,
Sou entonação e amor...
Sou paixão e alegria!
Sou a beleza de uma flor...

Por hora sou um verso,
Dentre as linhas de meu peito...
Sou também todo o inverso,
Deste universo mais que perfeito!

"Por hora...
Sou o agora!".

Rafael Nicolay

março 18, 2013

Amor desperto...

Talvez amar
Seja guardar
Cartas de um só amor
Em uma caixinha de papelão...

Talvez amar
Seja lembrar
Dos dias que antecederam
Tamanha conquista!

Talvez amar
Seja, por hora,
Rir a toa
Sem ter hora pra ir embora...

Talvez amar
Seja, por fim,
Encontrar a riqueza
Em um determinado coração...

"Feito à mão..."


Rafael Nicolay

março 08, 2013

Mulheres...

E de todas as flores,
És tu a mais linda!
A mais bela e a mais formosa...
Oh! Como és graciosa!

Tu, mulher, deveras
És a graça deste mundo,
A paixão num coração profundo
De incertezas e admirações!

Transmite em teus passos,
À beleza de teus traços
O gingar de uma bailarina...
O desfilar de uma ave vespertina!

Traduz, por fim
Os desejos de um companheiro,
A independência de ser um parceiro...
E a virtude de ser amada... Como és!

Oh mulher!
Jamais esqueça do teu valor,
Regado aos montes com o sabor!
De uma flor como nenhuma sequer...

"Mirem-se no exemplo..."

08/03/2013

Rafael Nicolay

fevereiro 28, 2013

Voo.

Voe perante o mar,
Por onde o vento conduzir,
Sem o medo de pousar,
Jamais ouse desistir...

Bata suas asas!
Pequena ave
E dentre tantas casas
Encontre sua chave.

Donde permanecer,
É ali o seu bem viver!
E guarde na lembrança
A tal singela esperança...

De um dia, novamente
Voar!
Bater as asas, constantemente
E se deixar levar...

"Por onde o vento
Resolver passar..."

Rafael Nicolay

fevereiro 27, 2013

A miséria alheia...

Partira de um sonho profundo,
Uma viagem inesperada...
Chegando em num outro mundo,
Deveras, uma jornada.

A visão de um propósito mor,
Ante a verdade regente,
Uma forma maior,
Para a liberdade de tamanho contingente...

Eis aqueles que marcharão!
Ao som desta canção...
Com firmeza e prudência!
Com carência sem reverência...

Eis a miséria de todos,
Eis a pobreza do povo!
Que juntos por amor,
Sustentam o que for...

"Unidos,
Feridos,
Jamais vencidos..."

Rafael Nicolay

fevereiro 24, 2013

Na saudade...

Perdura em meu coração,
O anseio pelo teu encontro...
Que põe-me à moda desta canção,
Me desagrada, neste ponto.

Sirvo-me às pressas,
Pretendo lhe reencontrar...
Encanto-me com velas,
Deparo-me com um jantar!

E por tudo e todos,
Alfineto o meu peito ainda mais,
Saber que tais momentos tolos...
Do inconsciente sairão, jamais!

Por fim, retiro-me desta ilusão
E procuro atender a tantas outras,
Eis o que descobri... A paixão!
Deixo para ti, minhas mensagens bobas...

"D'um coração perdido..."

Rafael Nicolay


fevereiro 22, 2013

Mais tarde...

Mais tarde eu vou acordar...
Sair pelas ruas e amar!
Sorrir por ai,
Vivenciar o porvir.

Me deparar com um outro ser,
Desfrutar de uma bebida, um saquê.
E dançar, dançar sem saber...
Sem entender o por quê...

Mais tarde eu vou amar...
Sair pela casa e despertar!
Derrubar a mobília,
Criar minha própria trilha.

Mais tarde, mais tarde,
Eu vou arrumar...
Vou voltar...
Mais tarde, na verdade.

"É de se entregar,
À sorte..."

Rafael Nicolay

fevereiro 19, 2013

Alto-mar...

Seria o despertar da alma
O encanto de toda poesia?
Perdido e mantendo a calma,
Sentindo os efeitos da maresia.

Talvez o poeta que navegou por mares,
Tenha encontrado um porto à atracar...
E quem sabe, viver verdades!
Para depois, voltar a velejar...

O poema dentro de garrafas,
Garrafas lançadas ao alto-mar,
Grandes histórias, inventadas,
Mais um sonho a relatar...

Dentre os mares desta vida,
Basta-me àquele encontrar...
Com grandes desafios,
Dentre eles, o amar!

"E para sempre um marujo,
Perdido no alto-mar..."

Rafael Nicolay

fevereiro 11, 2013

Despertar...

Inspira-me em teu seio,
A paixão do viver...
E no porvir deste anseio,
Um desejo à conhecer.

Pelo mundo afora,
Aflora meus sonhos
Ilude-me no que proponho...
Deplora minha visão.

Perplexo em êxtase,
Deste mundo inimaginável
Ante ao monumento instável,
Me vejo acordado.

Estou num outro espaço,
Um estado d'alma!
Uma virtude sem cansaço...
Um palco da calma.

"Em um sonho de olhos abertos,
Ante a um mundo de seres cobertos..."

Rafael Nicolay

janeiro 31, 2013

O fazer...

Eu vou ler,
Vou viver!
Vou estar contigo...

Vou amar e chorar,
E ser o de sempre,
Teu amigo!

Vou dizer e repetir,
Tantas e dolorosas verdades,
Vai doer, porém, não vou mentir...

Vou fazer,
Vai acontecer!
E vamos sorrir...

Vou sonhar,
Vou cantar!
E assim, partir!

Mas o estranho,
Deste falar,
É o fato ter, já, acontecido...


Rafael Nicolay

janeiro 16, 2013

Luta nossa.

Todo dia é dia de luta,
Seja na realidade ou de forma virtual!
Com heróis de quadrinho,
Ou por pessoas que conhecem a moral.

O fato é que luta nunca acaba,
Difere de briga, que tem tempo certo,
Mas é como uma estrada, onde não se para...
E o próximo posto é incerto.

Contém, dentre tantos personagens
O eu e o você...
Que expressam entre miragens
O nosso parecer...

Ao relembrar dos dias de glória,
Dos dias de luta!
Que compõem essa disputa,
Pelos anais da história!

"Que o Senhor abençoe,
A luta nossa de cada dia."

janeiro 10, 2013

Café estelar.

E o jovem pôs-se-a dormir...
Deitado, com a manta do universo!
Chegou a terra natal dos sonhos...
Chegou a um lugar totalmente inverso!

Um lugar nunca antes visitado!
Com campos verdejantes, árvores e pássaros...
Era o seu paraíso, havia decidido na mesma hora!
Entretanto, temia o dia que teria que ir embora...

E este jovem rapaz, começou a observar!
Caminhou pelos lugares mais lindos
E começou a estranhar...
A noite chegara e consigo trouxera pontos luminosos...

Observando apenas, percebeu que ali estavam as estrelas!
E entendeu que estava inserido em seu universo,
Por fim, identificou as luas e os planetas...
E acordou com a ideia de catalogar estes tantos versos.

"Com um café da manhã,
à luz das estrelas."

Rafael Nicolay

janeiro 02, 2013

Casa a mais.

É uma casa de paz,
Uma casa a mais,
Escondida e desinibida.
É uma casa protegida!

Pelas força do grande Deus,
Jah! Ele nos concebeu!
Estamos na virada,
De consciência para outra temporada.

Oh, Jah!
Nos proteja!
Nos estenda sua mão,
Sobre a erva pura e mais fresca!

Livre do mal do mundo,
Na consciência do que é mais profundo...
Erva de extremo poder,
Nos ensine no amor viver!

"Só assim,
Poderemos cresce!"

Rafael Nicolay