abril 29, 2015

Linhas próprias.

Eu que tanto escrevi,
Procurei dentre as linhas minhas...
Percebo que nada sei,
E que dantescas são as entrelinhas.

Do que, por vezes, venho a sentir.
E ante a catarse, inviável é o ato de reprimir
Introspecção seria o discorrer do momento?
Ou talvez deveria deixar ao alento?

Eu que tento dizer,
Acabo optando pelo não dito
E eis que surge a arte da dúvida
Portanto, deveras, mal entendido.

Entre transcender a um outro plano,
E retornar como outro ser...
Eis que aqui me encontro, mundano
Ou melhor seria: humano?

Saibam, portanto, que de toda abstração
Escondo-me em plena reflexão...
Liberto-me dentre tantos pontos,
Mas mantenho-me, impertinentemente, tonto.

"Nas entranhas de mim."

abril 21, 2015

"Tônica com Gim", por favor.

E quem dera fosse...
Só a saudade passageira,
Ante a vida corriqueira.
Antes dos anos transpassarem.

A barreira do sentimento,
Com a emoção do tempo.
E o toque de nostalgia.
E quem dera... Quiçá...

Um dia eu encontre ou tente...
Visitar um antigo amigo
Ou até aquele velho conhecido
Na antiga mesa de bar...

Ali, com a luz de canto,
O fumacê do cigarro
Aquele pedido decorado
E as viagens notívagas de carro...

E quem dera pudesse...
Ser somente essa saudade
Que sai de dentro...
E voa rumo a outra realidade.

"Que outrora, jaz, na mesma mesa...
de um mesmo bar..."

Rafael Nicolay

abril 12, 2015

Pacificamente...?

Existem momentos...
Específicos... Da fala.
Um turbilhão... De emoções.

E tudo parece não passar...
A sensação de melhora.
Quando chega ou quando vai embora?

De todas as formas...
As vezes nos armamos...
Mas, por quê? Não nos amamos?

Talvez seja o momento oportuno...
Do desespero... Do medo.
Da incapacidade de aceitar...

As proezas que faltam,
Talvez a alcançar.
Uma meta, um modo de vida.

Seja qual for o resultado...
O momento, de tudo, foi inesperado.
E que o amor, sua chama, não se transforme em algo...

"Apagado..."

Rafael Nicolay

abril 07, 2015

Um "pézinho" lá, outro cá.

Bateu uma saudade...
De uns tempos aí!
Quando o coração não via maldade
E o amor circulava aqui.

Cá entre nós,
O tempo mudou...
A névoa chegou, mas...
Mas aqui dentro pulsa!

Bate e rebate,
Toda a alegria vivida
Lembrança em poesia
E o sorriso pronde quer que a gente vá.

E me carregue por ai,
Dentro do teu peito
Eu, meio que sem jeito,
Não sei mais como falar...

De todo aquele tempo
Que parecia fantasia...
Mas era verdadeira vida
Que guinou pra lá e pra cá.

Por fim, veja bem
De toda nostalgia
Sempre existirá a alegria
Por amar sem ver a quem.

"Um tanto quanto gente,
Querida, aquecida, quente!"

Rafael Nicolay