agosto 09, 2015

medita_ação

retiro de mim..
o que minh'alma quer
precisa...
respiro, por fim...

atravesso com passos
mais largos que as botas
puderam, sequer, aguentar
ponho-me, portanto, a pensar

encontro a dor... a ferida!
decomponho-me em prantos
percorro o caminho para a saída...

e de todo meditar
eis com o que sempre se deparará:
o hall de espelhos, a vida...

"e o quebrar de todos... aviva!"

Rafael Nicolay

Um comentário:

  1. Gosto da tua forma de refletir, gosto das tantas imagens que formas... e do típico exagero doloroso que me parece comum à nós, poetas. É belo deixar a dor se esvair em linhas, e belo fazer nelas uma esperança de recomeço - ainda que por vezes conflitante e oposta e tudo o que antes se disse... mas, mais belo ainda é saber que mais do que poemas há a realidade de vivências, belezas e superações que qualquer ser humano é capaz de galgar, mas que tão somente os poetas descrevem com verdeira consciência, textura e lucidez!
    Parabéns pela poesia de um modo geral!
    superação, realização, fé, poesia e felicidades sempre!
    ;)

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