Doeu, bem no peito...
Os destroços que acertaram o coração
A mania sensacionalista de mais uma nação
De remediar a dor com ódio.
Ardeu, bem no corte
A incerteza de que tudo se acertará
A forma como o medo há de se propagar
Ainda haveria maneira de recuperação?
Sentiu, bem na alma
A vaidade de uma elite sem igual
Ponderando sobre o que falar, para quem e qual...
Seria a manchete mais impactante pro ibope do jornal
Morreu, bem na lama
A vida que tentou avisar
O natural que deixou este lugar
Para nascer algo vil que continuará a matar...
Assim, como ilusório cidadão
Todas as partes do meu ego caem
E numa tentativa de suplicar aos que destroem
Imploro pela esperança de quem reconstrói...
"Os laços que se romperam...
Partiram..."
Rafael Nicolay
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