ele quis se embebedar de certo conhecimento
estar convencido sobre sua própria sombra
estalar à mente, brilhantes soluções
murmuriar, na calada da noite, tamanhos ideais.
era assim, um destemido imprevisto
que procurava o travesseiro de quem ousasse
as longínquas questões atravessar
mas com a maior das dúvidas em mente
por um tempo, assumiu sua prepotência
partilhou dela com diversos inquilinos
até mesmo com sua família, com sua arrogância
estes, não alugariam nem o ar que passara por seus pulmões
tentava, após todos os fatos, esconder-se de si
mas como fugir de seu consciente... sabendo de sua fuga?
intencionalmente, prostrou-se e começou a expirar
expelir o que outrora lhe fora útil...
a chama incesante do saber... a sua divindade:
a razão e o coração.
quisera entender um mundo dividido...
analisou, por demais, e acabou perdido
"Entendendo, por fim, que começara a viver..."
Rafael Nicolay
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