setembro 22, 2016

#1 try

era uma vontade de fala
com o gosto delicioso da saudade
dos teus tons e frequências... hertz!

ele dizia para sua amante:
- What kind of mood are we for tonight?
ela respondia com a certa dificuldade

mas com alegria explícita nos olhos:
- I'm in your mood, honey!
e ele com um sentimento subindo ao peito

sem titubear ou hesitar quis tentar um verdadeiro diálogo:

- So, what are you feeling?
- I mean, I know how hard it is, but...
- But what?
- I really want to pass through this for you, but I can't... So...
- So, I guess we can hug each other, don't you think?

For a night, for a day, for the whole winter
The spring has come and bring it's love like a splinter,,,
From heaven, from nowhere, from me and from you
This is the meaning of life, separated and going through.

Love and caos dancing through the dark
Seeing and singing the coming of light

- It's kind of silly..
- May be... Or it's just like it needs.
- Indeed.

setembro 13, 2016

retorno

me aprochego de tua essência
pois foi assim que vim
sem máscaras.. apenas os pensamentos sobre o que sou

o não levantar do falso testemunho
que se desdobra e ecoa por todas as partes de mim
fragmentado estou, mas em comunhão ascendo.

talvez fosse assim, o ato de nos descobrirmos
e que a recolha de fatos seja a vontade de prosseguir
de liberdade, de estarmos juntos aqui e ali

não há, de forma alguma
amor fardado.
há amor, almado.

com amor,
R.

setembro 12, 2016

palavras..

era tarde do dia e antes da noite chegar
nuvens pairavam sobre a cidade
a certeza de que um dia nublado e cinza surgiria no exterior

estava prostrado, exatamente as 3:29 do tempo
do dia e do momento em que resolvera escrever
seu íntimo sem muito o que falar neste e naquele espaço

estava cinza, com sua xícara de chá vazia e a ânsia pelo demasio do café
sentia-se prostrado à sua própria experiência e aceitava o fato
de não querer mais exercer sua função e viver no âmago de suas conjecturas

achava-se inteligente por saber conversar, as vezes, com sua alma
mas ao mesmo tempo, perdia-se para os devaneios mundanos
estava ali, externalizando tudo na sequência de palavras de seu consciente

estava... deixou elas guardadas para mudar, uma vez mais.


R.

setembro 08, 2016

ansiedades, verdades.

Por anos aceitou um fardo inconsciente
E caminhava de forma crente e descrente
Não entendia o seu desesperar diante das oscilações
Era prisioneiro da sua consciência com vãs alegações

Acreditara que o mundo era apenas o seu ninho
E percebeu que, deveras, o mundo é um moinho
E que todo o fardo há de se mostrar
Como uma maneira diferente para se abraçar

A verdade, ou uma delas,
Consiste na vaidade que submetemo-nos perante a Ela
Que nos emoldura como bem entender
E nos cria uma certa anseio pelo viver.

O poeta ainda aparenta ser idêntico ao que fora outrora
Mas surge novamente a luz do que precisa jogar fora
E entender, por vezes, que não lhe cabe aceitar
Fardo algum quando o quesito é amar.


R.