Por anos aceitou um fardo inconsciente
E caminhava de forma crente e descrente
Não entendia o seu desesperar diante das oscilações
Era prisioneiro da sua consciência com vãs alegações
Acreditara que o mundo era apenas o seu ninho
E percebeu que, deveras, o mundo é um moinho
E que todo o fardo há de se mostrar
Como uma maneira diferente para se abraçar
A verdade, ou uma delas,
Consiste na vaidade que submetemo-nos perante a Ela
Que nos emoldura como bem entender
E nos cria uma certa anseio pelo viver.
O poeta ainda aparenta ser idêntico ao que fora outrora
Mas surge novamente a luz do que precisa jogar fora
E entender, por vezes, que não lhe cabe aceitar
Fardo algum quando o quesito é amar.
R.
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