dezembro 19, 2016

ópio

És carne, em delírios meus.
Adentro um campo que remete a momentos teus
Seguro de mim, incerto do amanhã
Cá estou, sentado neste divã.

Como alguém que deseja mudar
E, ao mesmo tempo, perpetuar no olhar
Para com a pessoa amada
Eis que o desejo da carne traz nova retomada

Mas será, tal desejo, satisfatório?
Em contrapartida, a plenitude de um ser ilusório?
Qual das ilusões tu não aceitas ver?
Tantas perguntas para um ser que diz crer...

Por fim, eis que a resposta reside no coração
Assim como atitudes postas em ação.
Presenteia-nos com sua sinceridade
E nos mostra quem somos, de verdade.

R.

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