Ó meu amor,
Que tanto busquei
E tanto projetei
Lhe apresento o que tenho em mãos
Este delicado coração
Que nelas cabe e com cuidado guardo com proteção
Tentando limpar e polir
Tal qual uma joia preciosa
Que realmente o é
E tão somente meu
Que quis entrega-lo a alguém
E por descuido, deixei-o além
Das minhas asas protetoras
Para habitar o que não convinha
Mas eis que agora presto atenção
E tento, com tamanho zelo
Deixa-lo em boas condições
Para pulsar e ser feliz como convém
Eis que por falácia
Acreditei que a busca estava em outra estrada
Senão, a trilha interna
Cheia de nuances e cores tão belas
E esta breve carta que venho a escrever
É um adendo perante ao que desejo conhecer
E tão pouco sei
Mas entendo que o porvir à tudo cabe
E assim, sigo buscando minha própria verdade
E veja bem, meu grande amor
Estas palavras, talvez desejosas
Não entendem o simplório sentido
Ante ao que realmente necessito
À um grande amor
Eis que em frente ao espelho estou
E a ti, olhando profundamente
Com um ar, quiçá, narcisista
Não espero uma grande conquista
Apenas deixo claro
Que o meu maior amor, com agrado
É o que vejo, além de todos os desejos
E enfim, a mim, deixo este lembrete
Nos pormenores, este convite sem enfeites
Humilde e um tanto amassado
Datado da época que vim a este mundo, não por acaso
Para aprender, contigo, a importância deste precioso fato
Que consiste no esperar...
Até, por fim, saber te encontrar
Em mim.
R.
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