sem ter motivos válidos para tal.
deixei-me ir por anseios e medos,
e agora vejo o resultado final.
de um lado, permanece a paz,
do outro, o todo que não fiz.
a sensação de um final
mesmo que não seja o mais feliz.
deveras, a responsabilidade chama
e a prestação de contas chega
o tempo, passa mais rápido
e o fôlego, aumenta?
de tantas oportunidades perdidas,
por tentar criar motivos sem razão
assumir os próprios erros
seria um ato de redenção?
deixo, portanto, aqui neste dia este relato
junto aos meus medos e inseguranças
o resultado inalterado:
fiz o que pude, como pude e da forma que foi possível fazer
no mais, olho ao meu redor e vejo a colheita florescer
nem sempre são as flores mais belas,
mas neste imenso jardim da alma
existem belezas além desta Terra.
e isso basta.
R.
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