outubro 28, 2010

Nossos passos, bons abraços!

       "Começando a andar, simples passos em pouco espaço. Sinto a forma que meus pés tocam ao chão, formando um triângulo, formando um aconchegante e macio local para pisar. Foco minha atenção, em um céu, hoje cinza, mas que mostrou sua beleza e imensidão azul com uma claridade mais do que dourada. Eu ando distraído, perdido em pensamentos, perdido em sorrisos, que por forma, são teus. Estes que encantam meu inconsciente, meus sonhos e agora, minha forma de andar.
       Ando sorrindo, todos olham para minha pessoa, não entendem, não precisam entender, o que importa é o que levo comigo, dentro do meio do peito, pulsante, enviando para minha mente, meu eterno coração.
       O que percebo é sobre a forma como tudo acontece, a proximidade que aquece e abraços sem soltar. Eu digo, eu vivo e eu vejo o tudo que há de mais belo, seja por desejo, seja sem ser.
       Há em mim agora, uma parte tua, esta, designada pelo meu Eu, onde lá, estará sempre a tua imagem, naquele momento, naquele segundo, importante e sem fim. Mostrando o começo, meu esboço, meu caloroso corpo que procura permanecer aqui.
       O “nosso”, o que é? Há então a recordação mencionada, a imagem gravada, os momentos bons. Não há ruins, basta-nos mudar o ponto de vista, basta-nos perceber, o que penso agora? Sincero e puro. Satisfatório, em outras palavras, perfeito, por ti.
       Ao primeiro passo em algo perdido, uma perda significativa, marcada para sempre, não por lágrimas, mas pela calma e pela alegria. Assim é, o que penso, o que sinto e o que procuro. Em futuro, não é somente o que anda pela minha mente, em presente, faz-se uma pequena parte, mas a ti, meu coração, de alguma forma, bate."

(Rafael Nicolay)

Proximidade.

       "Em minhas memórias próximas, a obviedade dos dias que antecedem, entendo melhor a consciência do Eu. Este que preenche os espaços da vida, dentro do cérebro, por meio dos pensamentos, pensando em ‘Ser’.
       Não decifro este enigma, não por incapacidade, mas pelo não voto, fique como está, seja como és. Lindo.
       A entrega, ou não, a cautela, porém, uma recepção um pouco precipitada, mas o que valera a espontaneidade, esta última, sem precedentes imagináveis ou quem sabe um.
       Não entrar em contradições, mas afirmar o que é sentido, o frio, o calor, suspiro, ar. Ar com ah, rima, porém não é esta a intenção. Qual intenção? Má não é, mas curiosa.
       Percorrem as extremidades do corpo, aquecendo-as, em belas danças, autônomos movimentos, os olhos fechados, imaginando o melhor do que há, e o que há?
       Sorriso de lábios fechados, portas em quartos trancados, verdades em poucos gestos, ah, tranqüilizante.
       Sem mais o que dizer, basta respirar, então forçar, um abraço já entregue, por graça, por afeto, por algo a mais. Não é cena, nem obsceno o pensamento, o momento, o local. É único e digno de memória, minhas próximas, não só, alegrias."

23/10/2010.

(Rafael Nicolay)

outubro 22, 2010

Tuas frases e minhas lágrimas.

"Se um dia eu partir,
Não chores.
Porque falta não farei.
Serei um fardo a menos,
Em suas vidas.
Se um dia eu partir,
Cante, sorria viva e esqueça que eu existi.
Das perdas tudo se modifica, tudo se substitui,
Por isso, não chores.
Viva, quando eu partir."

(Luciene Nicolay)

outubro 21, 2010

Aos créditos finais... Verdade!?!

"A angustia faz-se presente. Sentimento estranho, ainda por perguntar. Não é o que foi dito, mas o que foi omitido, talvez a frieza estivesse presente, não, ela estava presente ou a pressão não deixou passos para a eloqüência. Sei do que penso, mas traduzir e omitir sem motivos sólidos para tal.
         Quando a pergunta por que se insere no script, o palco ilumina apenas as próximas palavras, palavras em que a platéia fica muda na espera de um clímax, o ato próximo e importante do final. Com lágrimas omissas e o espetáculo já cinza, sequência de lágrimas ao chão.
         Quem não está no palco não entende os fatos, estes sinceros até seu ponto final ou suas reticências pela verdade inegável de que apenas um motivo não poderia dar um fim. Fim acompanhado de lágrimas, estas não pelos olhos, mas pela alma ali parada, com a vontade do almoço, a roupa e o esboço de raiva, esta, manifestada com o que era escutado.
         Há então um novo diálogo e a resposta, os princípios. Sim, a grande barreira a ser desafiada pelo protagonista. A verdade dita sobre um tipo de objeto, não era mais tão verdade assim. O que se passava era a vontade do coração de algo mais, diferente e novo, este com o tempo obtido, porém, a necessidade de estar livre. Livre para poder olhar, falar, chorar, demonstrar por palavras que as mesmas citadas uma vez não eram falsas, as mesmas empregadas em momentos, estes, eternizados. A boa lembrança, o grande fato, seguir em frente. Não seria desculpa, não sei se é o pedido de perdão, mas a angustia de demonstrar o que realmente passa e o que foi omitido, para falar, tudo é lembrado como mágica e especialmente guardado em um peito pulsante, que agora já não sente mais a pressão."

(Rafael Nicolay)

outubro 20, 2010

Sinto...

Resolvi sair, não aguentava mais, dai, parei no meu caminho e fiquei olhando para o céu, este, já nublado pelo frio que a noite trazia. O sereno presente perto de meus braços demonstrando assim sua umidade dolorida, como uma possível lágrima tocada ao chão.

Dito isto, ao que fazia peso em minha coluna deixei cair, deixei solto o que não suportava mais por aquele momento. Sentado e parado, observando os ruídos do local com a natureza e seus gritos, por espaço, por beleza.
Mesmo sem sentido do que acontecia com meu corpo, estava desligado, o que importava ali era a mente, a loucura presente e como acabar com aquilo. Louco, sim cada dia que passa perco minha sanidade, cada segundo que respiro desvio meus passos para um Eu que não conheço. Dizem de minha essência perdida, dizem de meus destinos desviados, o que foi perdido que não me lembro, o como cheguei até aqui.


(Nicolay)

outubro 19, 2010

Escuro.

"A presença das lágrimas, estas mesclam-se com a chuva que rodeia todos em um lugar. A expressão séria na face de todos por um soldado perdido, uma mãe sentida, uma cadeira vazia e a cor funebre presente para todos que prestavam um pouco de sua pequena atenção. Esta desviada por anos sem a percepção do que realmente acontecera com um ser, em um mundo de ilusões e desastres devido ao seu mundo interior, o qual ninguém adentrou para secar suas lágrimas, onde poucos puderam presenciar o seu melhor, a realidade se apresentara melhor, poderia apresentar o fim ali, mas era o fim de sua dor, entendam o alívio demonstrado, com um sorriso entre os lábios fechados."

A scene of my mind.
(Rafael Nicolay)

"With blackbirds following me
I'm digging out my grave
They close in, swallowing me
The pain, it comes in waves
I'm getting back what I gave.".
(Linkin Park - Blackbirds)

outubro 15, 2010

Chafariz!?!

E lá do céu,
Alguém diz,
Crianças brincando,
Em volta do chafariz.

Roupas ensopadas,
Com botas riscadas de giz.
Trazendo encanto,
Para quem passar.

Mostrando no canto da boca,
Um sorriso sincero,
Uma melodia bela,
Pelo nosso chafariz.

Água espirra por cima,
Goteja aos lados,
E molha quem olha.

De perto a gente adora,
Olha pra fora,
O espelho de luz.

Chafariz,
Minha diretriz,
Rosa dos ventos,
Eterno aprendiz.

Digas o que espanta,
Mostra como se canta,
A felicidade,
Em claridade que nos traduz.

Água espirra por cima,
Goteja aos lados,
E molha quem olha.

De perto a gente adora,
Olha pra fora,
O espelho de luz.

Eterno chafariz!

(Chafariz – Rafael Nicolay)

outubro 13, 2010

Uma etapa.

"Os olhares brilhantes em direção ao palco, a cena produzida por anos de luta, há a perseverança na estória.
Por passos calmos devido ao seu nervosismo, ofegante com um frio na barriga, auxiliando a continuidade do espetáculo, não circense, mas da vida.
Trajado com um terno preto simples, uma gravata prata aconchegante no pescoço e um sorriso de satisfação no rosto.
Vestida acima do joelho realçando seu par de pernas bem torneadas e firmes, passos de autoconfiança chamavam a atenção do homem de gravata prata. Era seu par e por alguns minutos um casal belo e discreto respeitando os limites da amizade, irrelevante o porquê.
Os três anos de amadurecimento da consciência marcados por um tesouro, este estava descrito em papel, mas o seu valor era transmitido pela sabedoria.
Músicas eram emitidas por caixas pretas, estas completavam a noite e flashs eram distribuidos gratuitamente promovendo o show de luzes no ambiente.
Não era uma noite qualquer, uma noite onde o coração gritava de felicidade. Aplausos faziam parte do show e ao rapaz de gravata prata, bom, este dizia para uma senhora: '- Vencemos uma etapa de minha vida, minha mãe.'."

(Rafael Nicolay)

Agradeço a minha família e aos amigos por esta conquista: "Põe quanto és no mínimo que fazes.".

FORMATURA CEMB-MPB - 3º ANO DO ENSINO MÉDIO (SOLENIDADE).

(11/12/2009)

Momentos...

"Prosseguir calmo, mas com pressa. É um termo definido para a não precipitação, de forma a entender que tudo o que têm para acontecer, acontecerá. É dito isto, é visto como destino, o mesmo que é traçado em nossos primeiros passos da vida para nossas escolhas. Porém, não acredito em destino e apenas vejo isso como conseqüência de atos feitos por cada um, aliás, entro em leve contradição, pois o único destino viável para a aceitação de minha mente é a morte. Mas não desejo falar aqui de morte, vida é o ideal, o tema, a saúde mental. Vida feita por escolhas, sem arrependimentos, com desafios, barreiras, lágrimas e logo após encontram-se o riso, o sorriso, o beijo e a taquicardia do coração.
Exclamo para o mundo que desejo viver e construir as muralhas de meus sonhos, realizá-los de uma forma inimaginável, até para a minha pessoa, salvar vidas com as próprias mãos.
Quando você sente a segurança do toque, do abraço e do sorriso, você passa a observar aquelas cenas em sua mente, não supervalorizando estas, mas observando cada detalhe que possa mostrar um segredo escondido. Encontrar as peças do quebra-cabeça e montá-lo de mãos dadas. Mãos que entendem o tempo de espera para a saudade tomar conta, mãos que quando juntas mostram em lábios próximos um sorriso sincero, mãos que seguram apertadas com a intenção de ficar mais, um minuto, um segundo que estenderá os flashs destas cenas. Os atos da vida, do romance, do amor, da amizade atuados em pouco tempo, refletidos por noites e adorados pela manhã e jamais enaltecidos por ninguém. Ninguém que escuta nas horas da madrugada o choro escondido, não por tristeza de perda, mas pela felicidade de encontro. Encontro que faz o grande palco da vida parecer maior, mais seguro, mais vivo e o grande desejo de tornar tudo o que fazes melhor, o desejo de crescer, o desejo de ajudar, amadurecer. As pessoas crescem, envelhecem e chegam a falecer, mas em todo este tempo elas vivem, amam, choram, cantam, dançam, atuam e conhecem a si e em conjunto.
Instiga-me teu mundo, pois quero conhecer os detalhes, os segredos e o que não são mencionados. Quero entender o desejo que passa para minha mente de crescer, ser melhor, viver, sonhar, cantar, amar, chorar, rir e jamais desistir de um ideal que eu considero certo. Possuir a autoconfiança cada vez mais afiada e caminhar com passos seguros e que estes transmitam a você o que eu quero. A minha intenção, o meu modo sincero, este além da prosa e da poesia, além dos seus braços em abraços, além de um simples dia que não é mais opaco e demonstra a felicidade da presença, sua, em minha mente ao te ver."

(Rafael Nicolay)

outubro 12, 2010

Tua delicadeza.

"Você percebe que em tão pouco tempo já existe uma entrega para alguém, que não importa o passado desta pessoa, apenas o seu passado próximo e suas próximas ações. O modo que ela te diz oi, ou como sorri, ou tenta fazer sua cara de mau, passa a ser um ótimo momento e a criação de flashs dessas imagens é rápida. Você percebe o cheiro, o gosto dos lábios, como que é feito aquele belo sorriso. Então, em pouco tempo você não sabe o que sente. Ganha o medo de que seja rápido, mas procura a segurança de querer ir devagar, nada é para o sempre, mas pode ser eterno em sua mente enquanto dura. Não sei o que é este sentimento, rápido demais, mas não possui intenções a mais. Apenas saber que sua proximidade basta, meus lábios fazem seu papel, mostram meu sorriso. Sim, feliz ao te ver.
É estranho e ao mesmo tempo bom, o desconhecido, o novo, isso instiga-me a ir além. Além do que eu pensaria, além do que eu quero. Não é amor, não é paixão, mas uma felicidade de tê-la conhecido e em tão pouco tempo estar dentro de minha mente, como citado, ressalto, suas caras com seu sorriso, seus olhares fuzilando-me a mente, suas atitudes que possuem o segredo do meu cadeado e sua calma e bela voz faz a canção do meu Eu.
Paro e pergunto-me, o que eu quero? É cedo para poder dizer o que quero e o que sinto, mas algo eu tenho certeza, quero conhecer-te. Entender teu mundo, suas origens, teus sonhos, suas vertigens, fazer tua proteção com meus braços em abraços que duram muito mais do que queira.
É bom este início, são bons passos, não possuo nada, mas levo momentos felizes, aos dias do seu lado, encantado, mas realista, pois não enalteço sua pessoa, apenas instiga-me a querer conhecer-te, admirar-te e um dia..."

(Rafael Nicolay)

outubro 01, 2010

Um caminhante, um pensador, um ajudante...

"Andarilho que sou, andarilho quero ser. Andar pelas estradas debaixo de chuvas, por entre os sóis com a face da lua voltada nos caracóis. Caracóis de teu sorriso no meu espelho e em teu cabelo. Por dizer em caminhar minha estrada é sem fim e meu coração é imenso do tamanho de minhas mãos, com desejos além da imaginação humana, como o desejo de uma vasta extensão. Descansar em um ombro eu encontro no meio de tantos solavancos um vasto canto iluminado em um manto de seda que por pura beleza meu coração termina com sua nostálgica tristeza. Todas as rimas de um dia, todas as pegadas jamais tardias, todos os abraços roubados, todos os sorrisos deixados, tudo é diferente dos olhos de um andarilho, este, consegue então desenvolver sua maior percepção ajudando o seu mundo, o seu maior coração."

(Rafael Nicolay)

'O mundo não é tão cruel como imaginam.' (Durarara!!)


...do mundo.