"A angustia faz-se presente. Sentimento estranho, ainda por perguntar. Não é o que foi dito, mas o que foi omitido, talvez a frieza estivesse presente, não, ela estava presente ou a pressão não deixou passos para a eloqüência. Sei do que penso, mas traduzir e omitir sem motivos sólidos para tal.
Quando a pergunta por que se insere no script, o palco ilumina apenas as próximas palavras, palavras em que a platéia fica muda na espera de um clímax, o ato próximo e importante do final. Com lágrimas omissas e o espetáculo já cinza, sequência de lágrimas ao chão.
Quem não está no palco não entende os fatos, estes sinceros até seu ponto final ou suas reticências pela verdade inegável de que apenas um motivo não poderia dar um fim. Fim acompanhado de lágrimas, estas não pelos olhos, mas pela alma ali parada, com a vontade do almoço, a roupa e o esboço de raiva, esta, manifestada com o que era escutado.
Há então um novo diálogo e a resposta, os princípios. Sim, a grande barreira a ser desafiada pelo protagonista. A verdade dita sobre um tipo de objeto, não era mais tão verdade assim. O que se passava era a vontade do coração de algo mais, diferente e novo, este com o tempo obtido, porém, a necessidade de estar livre. Livre para poder olhar, falar, chorar, demonstrar por palavras que as mesmas citadas uma vez não eram falsas, as mesmas empregadas em momentos, estes, eternizados. A boa lembrança, o grande fato, seguir em frente. Não seria desculpa, não sei se é o pedido de perdão, mas a angustia de demonstrar o que realmente passa e o que foi omitido, para falar, tudo é lembrado como mágica e especialmente guardado em um peito pulsante, que agora já não sente mais a pressão."
(Rafael Nicolay)
Nenhum comentário:
Postar um comentário