A saudade traz, com a minha pouca experiência, uma bagagem de todos os amores, todo o passado e todas as vivências. É uma forma para que eu possa refletir sobre o meu Eu, que por vezes se perde, e também possa agregar e enumerar os fatores de tamanha nostalgia... Mas nostalgia não é bem saudade e eu não resolvi aparecer para falar disso! O que quero comentar é que graças a esta saudade eu fiquei mais forte, mais osso duro de roer e mais para mim. Aprendi que saudade demais mata, é extremo; descobri que o mundo dá voltas e volta e meia meu passado aparece; averiguei tantas causas perdidas, por onde passei, e descobri que meus assuntos inacabados apresentam, hoje, novas soluções.
Ah! Minha saudade... Como um grito do pranto ou como a verdade do silêncio... Tu és sincera comigo e apenas eu sei de ti. O quanto tu és presente em minha vida, mas também sei, minha saudade... Que tu és o que me deixa de pé nos dias chuvosos e és o que me dá forças nos dias de luta.
Saudade, não tenho nada melhor para dizer além de um 'Obrigado', pois contigo eu amei, chorei, ri, ri mais vezes do que imaginei, cantei, andei e não desisti de nada, apenas aprendi a esperar... E esperei...
Esperei menos dos outros, esperei mais de mim! Entendi que o tempo é, de fato, um aliado e é também para a vida toda. Esperei por mais frases e textos clichês, como este, e esperei o completo.
Mas esperei meu Eu, não só por ti minha doce saudade, mas para amar de novo.
"Ê saudade que bate no meu coração.".
Rafael Nicolay