maio 30, 2012

Senhoras e sem dores.

O que eu gostaria de comunicar
É sobre a presença de um ou mais seres interiores
Que de um extremo de nós
Faz sua personalidade em magnificência ou em horrores.

Um ser extraordinário
Ingênuo... Ridículo!
Que assombra os maus olhares
E a ausência de todo riso.

Alguém que perdura em poesia
Ou circo ou teatro...
Quem sabe é um miscigenado
Entre a arte e o olfato.

E por falar em olfato,
Cadê o meu nariz?
Sem ele, mal posso respirar!
Onde é que está você, chafariz!

"Em que ponto você foi parar?".

Nicolau.

maio 24, 2012

Evolutionem

Ôh mãe natureza
Que dos campos, fez-se bela
E das ruelas, destacou-nos à vida.

Óh mãe da pureza,
Que, complexa, nos exemplifica
Ante a maravilha da incógnita, expressa-nos o humor.

Há de ser uma dádiva minha,
Humano imaturo que sou
Apreciar-te como deves ser apreciada.

Que, de uma orquídea programou,
À um ciclo desse globo
E, postergou, o sentido de um louco...

"Sobre a luz da Evolução.".

Rafael Nicolay

maio 21, 2012

Autorretrato.

Há, então, um ser,
Destemido com o seu próprio parecer...
Da vida, dos céus e do mar
Das dádivas, das dívidas... Do luar.

E encontra-se solitário,
Talvez como um lobo a uivar...
Ou um erudito a se calar
Ante sua própria miséria.

É como a conduta muda
Moldura em muda e a multa.
Faz-se a própria imagem
O reflexo da água turva dentre as árvores.

O que seria seu?
Quanto custa sua ignorância?
Qual postura terá maior importância?
Entre seus trapos e o seu véu...

"Denotam-se, apenas, como pedaços de papel.".

Rafael Nicolay

maio 17, 2012

Tear

E o perder de meus pensamentos
Começa ao prostrar-me ao teu olhar
Que profundo, como tempestades,
Provocam-me o anseio de querer enxergar além...

De tal casulo, à alma.
Minh'alma resplandece...
E a tua luz, em momentos duradouros, guia-me.
Apenas...

Em profundo êxtase em tal sonho,
Esdrúxulas formas pairam ao ar...
Alucinações... São o que são.
Transportando-me...

Por um segundo, penso por palavras fúteis
Em outros dois, procuro evitar tal ato...
Escrever... Tal qual gesto sutil... Simplório.
A grande arte e essência do amar...

"à Você... Há.".

Rafael Nicolay

maio 14, 2012

Loucura.

Somos loucos indagadores
Somos o que há de melhor agora
Entretanto somos o pior, também.
Felizardos encapuzados em palavras.

Sinto o frio desta noite como uma canção sóbria,
E sinto o chocolate, entre minhas mãos, quente.
Anseio pelo horizonte e loucuras de instante.
E desejo você por aqui.

Alma cândida, onde estás?
Por que perdeste o rumo?
Foste para longe de meu coração, fisicamente
Mas reconheço tua voz aos brados contânicos dos ventos.

Encosto por uma cama qualquer,
Recito ao peito, meu pranto à Mulher.
E, de forma nostálgica, retiro de um papel,
Um avião que voa pelo ar...

"E onde parará?
Mundo a fora está.". 

Rafael Nicolay

maio 08, 2012

2º Ato.

E existem demasiados devaneios para autores,
Por ideais que perseguem a realidade,
Por paixões surreais à formas fidedígnas...
De qualquer maneira, perecem...

Fartos de si, caem como plumas,
Sem o propício conhecimento da queda,
Deparam-se com o pavor da dor,
Pois estão em um êxtase.

Este, permite a todos um sonho leve,
Um eufemismo adornado com a certeza
De que tudo passará...
Passará?

Passou e possuímos o exemplo, a posteriori,
Servimos de exemplo, eu e você,
Serão exemplos? Somos nós? Seríamos, um dia?
Há divergências, diferenças entre o saber e o proceder...

Com fatos à uma realidade dura e injusta,
Ou em crenças e buscas para a cura de dores,
Sejam estas, por amores ou paixões, mundanas,
São, por fim, uma reunião de fatores sobreviventes da neblina...

"Como em um ato de fé...".

Rafael Nicolay

maio 03, 2012

Cerne.

Sois como a alma cansada
Que aponta para o horizonte
E deambula de forma ponderada
Desfrutando o agora de anteontem...

És como um dia sem pássaros no céu
Intrinseca dor à ausência
Pois como seria o céu sem as nuvens?
És a cena de agora.

Entretanto, existem nuvens
Véus que cobrem toda a tua luz
Uma casa abandonada...
Um lugar para a alvorada...

Entristeces...
À forma de acordar e focalizar o teto mais próximo
Ante aos holofotes do mundo, o sol fez-se presente
Contudo...

"Fez-se decente?".

Rafael Nicolay

maio 01, 2012

Íntimo Ser.

E então chega a hora de deitar,
Refletir sobre a vida,
Mas que vida!
E os pensamentos fluem.

Sem saber como ou que horas vou acordar,
Sem saber para onde vou caminhar,
Sabendo que onde quer que eu vá,
Terei uma certeza...

O que é incerto perdura,
De forma eterna,
Deveras, como És.
Um guia.

Que me escutas,
E me atendes,
E me fazes aprender...
De alguma forma...

"O dom de Te conhecer...".

Rafael Nicolay