novembro 09, 2012

Teus lábios.

A boca de vento,
O papel ao relento...
O sorriso entregue,
O rosto que se ergue...

Das sombras do meu pensamento
Até o meu coração em desalento!
Fadigado pelo andar...
Mas renovado a cada amar!

Apaixonado e curioso
É o atual modo esperançoso
Após esta boca em véu...
Dentre tantos rostos do céu!

Quem és esta sinhá?
O que será deste amar...?
À paixão ou à contramão...
Eis o silêncio mediante a toda concepção.


És o silêncio intrínseco ao meu coração.

Rafael Nicolay

Um comentário:

  1. Esta poesia tem mesmo a cadência de vento. De um fim de tarde de outono. À meia luz do dia que se finda.

    ps: amei a foto! perfeita!

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