Após tantas tempestades,
Para com o marinheiro que me tornei,
E para o meu porto-seguro, que despedacei.
O quanto quero reparar
O meu Eu, disposto a caminhar
Por uma linha tênue entre a confiança...
E a desistência de tantas bonanças.
E, por fim, que seja proveitoso o velejar...
Acrescentando, inspirando a arte de ensinar
Sobre as cousas e mistérios da vida
Ante a todo mal que, agora, finda.
E cessa os lamentos de outro oceano
Donde o meu espírito percorre o sereno plano
E chega até as raízes do sentir
E, por fim, observa o imergir...
"De tantas mágoas e chateações...".
Rafael Nicolay
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