alegria que bate no peito
além da matéria e dos trejeitos
que permite um fôlego e um carinho
tal qual o ombro amigo, tanto querido
és como uma jornada no meio da vastidão
com pontos cintilantes e sem qualquer direção
apenas mergulhar e respirar
eis que a resposta cá está...
de que adiante perseguir os mesmos ciclos
se, no fundo, reproduzimos os mesmos vícios?
tal qual a pedra no fundo do mar
és sempre hora de tirar a areia e deixá-la brilhar
resplandece como o aconchego no coração
ilumina as profundezas da alma na solidão
és o próprio caminhar com quantas pernas quiser
e deixar o vento soprar, à matéria, para o destino que vier
e a flor desabrocha em meio ao concreto
o sorriso atravessa o silêncio do decreto
que de paciência colore o caminho
e de amor, revela-nos o Eu, mas sozinho?
R.
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