Certa vez, ouvi um rugido...
Era de um outro animal
Robusto, grande...
Bem parecido.
Humildemente adentrei
Em meu íntimo a caçar
Tal qual a pantera ao andar
Dentro da floresta escura...
De cá pra lá,
Ruídos e sopros...
Mexidas e alvoroços...
Mas era tudo dentro ou fora?
Ainda em meio a minha cegueira
Eis que veio meu seguro...
Um ponto de apoio,
Um seguir dos fluxos.
Tamanho era o rio
E forte era sua correnteza,
Até que em certo ponto,
Por fim, pude ver a clareza.
O urso que rugiu,
Reconheceu-me em seu interior
E tamanha era minha ingenuidade
De esquecer-me do espelho exterior.
Dois ursos que se conhecem,
Como um corpo que se enaltece,
Rumo ao olhar.
R.
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