falo do que vejo
percebo em minhas entranhas o desejo
e não sei a melhor forma de corroborar
o que vivo, estudo e o que procuro ao caminhar
de tamanha teoria, vejo que não a possuo
pela falta de uma compreensão
ou de tentativa em ler as escrituras de um irmão
que se fez presente e para sempre está
é também pai, aonde quer que eu vá
e eu como filho, perdido em minha ilusão
reluto em aceitar o caminho dá visão
que é demonstrada na mais bela das gargalhadas
há, porém, um porquê simétrico
de submeter-me a tantos pensamentos poéticos
mas de rima, faz-se um quarto do dia
seu restante é dança e a recitação mais leve de qualquer poesia
que seria de mim, ingênuo ser
se não pudesse admirar o espelho que reflete o meu querer
e assim, tentar das artimanhas do meu ego
enganar minha própria mente em um mundo cego
talvez, seja mais uma mentira que insisto em recontar
e por tanto dizer, acabo por me enlaçar
mas tolo, sim, eu mesmo, o poeta
percebo que para este presente não possuo uma festa
quiçá, a escrita de uma partitura divina
em remissão aos tantos pecados que o meu Eu continha
e mantém... na mais bela forma de se tornar refém
daquilo que me enriquece,
em contrapartida ao que literalmente remete...
pois bem, meus irmãos...
de que adianta o conhecimento sem razão
ou sua reprodutibilidade sem o Todo resplendor...
para muitos, para mim, ser ignóbil.
é a singela falta de amor...
mútuo,
próprio.
R.
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