estou em órbita
sinto meu corpo ser puxado à favor de um tipo de força
sei que o desconhecimento desse estado é o que me fascina
mas dar luz a isso, pode ser, uma resposta à sua existência
levito,
na presença de uma leve força gravitacional
assemelha-se ao fundo de um oceano
deveras, particular
e com tamanhas peculiaridades
aos poucos, as luzes que cintilam
demosntram partes de minha memória mundana
e meu ego, na ausência de qualquer ponto de partida
agarra-se saudosista à momentos de temporalidade distinta
sei que tudo ocorre nessa existência
eu, enquanto carnal, flutuo
no oceano de fatos que minha pequena memória consegue
por lapsos, compreender
retorno ao eixo, recuperando o fôlego
cheguei novamente a superfície
e a cada mergulho, um novo pedaço de mim, revela-se.
e em todo segundo, a noção do eu se torna etérea.
somos viajantes
rumo a constelação inata
ou à porta intacta
que habita no cerne de nós.
R.
R.
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