- Eu?!
- É, você, sentada neste banco...
- Ahn, então sou eu... Pois não?
- Ahn, então sou eu... Pois não?
- É que eu queria falar algo para você, mas...
- Falar comigo? Algo? O que seria?
- É que... É que...
- É que o que? Chega mais perto, senta aqui!
- Mas... Mas...
- Mas nada! Anda, senta aqui, vamos!
- Então... Está bem!
- E agora? O que você queria me falar?
- Bom... Você quer mesmo saber?
- Sim! Quero sim! Afinal foi você quem começou essa conversa...
- Eu?! É verdade.
- Então, desembucha logo!
- É... Sobre seu coração...
- Meu coração? Como assim meu coração? Você não me conhece!
- É, mas...
- Mas nada! Estou indo embora... É! Isto mesmo, indo embora! E nada de "é...".
E antes que ela pudesse escutar: "É que ele é do tamanho do meu...".
"E há quem ouse falar do coração.".
Rafael Nicolay
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