Poesia, por favor, não me desampares.
Pois a ti eu procurei em meu lamento,
E entreguei meu sentimento como lástima de perjúrio,
O meu próprio coração.
Poeta, por que me abandonastes?
Por que deixastes que meu coração fosse iludido?
E sem mais o que falar eu te peço...
Não volte, mas deixe em algum lugar a tua poesia...
Permitas ao meu ser uma bela leitura,
Desafies meu ínfimo com tuas entranhas em palavras,
Desabroche a flor que existe, mas não esqueças dos espinhos.
Desafines meu tom.
Para que meu ego se faça menor do que os mais humildes,
Para que meu íntimo não seja tão ínfimo quanto o pôr-do-sol.
Por favor, poeta...
Não desampares quem te deu a linha e o anzol...
"E ensinastes a ti, e somente a ti, o valor do teu pescar.".
Rafael Nicolay
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