era um quarto escuro
com luzes vermelhas que oscilavam
e um menino sentado segurando suas pernas
e um sentimento que desnorteava
era um campo da mente
muito pouco visitado...
talvez fosse ali onde jogou-se a semente
de tudo que agora foi colhido sem respaldo
o caminho, parecido com uma corda bamba
de um lado do bastão, a loucura
do outro, a indiferença
a linha? considero como minha própria sanidade
eu lhes apresento o contínuo mergulho
que para uns, a queda reside na loucura extrema
para outros, na solução de todos os problemas
pra mim? ainda sei que se manter firme na corda me fará chegar...
a um outro lado que desconheço
a uma verdade que sempre me esqueço...
mas assim como o menino, que segura suas pernas
eis que seguro as minhas e arrisco um passo de cada vez.
força, força, pequenino!
não se esqueças de que ja fostes franzino
mas que justamente por habitar em tal quarto escuro
sabes da luz que existe em ti, quando maduro!
R.
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