é de cura que necessito
nos meus mais íntimos devaneios
ao alimentar o que sinto
preciso, deveras, de conserto.
mas sei que isso depende das minhas ações
e a cautela com que passo por palavras
disciplina e humildade
perante a humilhação de quando eu chorava
ante a perceber toda a beleza no mundo
e estagnar neste ciclo inóspito
podes pensar que estou louco
e afirmo que é verdade, porquanto ignoro
esses detalhes ínfimos
mas que desbancam sistemas inteiros
e eu, incrédulo, esperançoso
acreditei no sentimento ilusório como verdadeiro
me perdoem as palavras
de fato, em demasia
sou um ser prolixo
e devo conter minha própria dramaturgia
por fim, entendo
que a cura é novamente um adeus
que seja definitivo
pois sei o que o passado já me deu...
lembranças boas demais
para querer chorar.
R.
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