Retirado ao dia,
O hoje,
Tua nova melodia.
E o que sou,
Perambulas pela mente,
E para onde vou,
Inconstância consciente.
Sou mesmice de todas as manhãs,
Serenatas em noites aos divãs...
Sou palhaço, sou o picadeiro,
Sou boneco, raio, relampejo.
Estabaco de areia,
Caneta, lápis, tudo o que mais se anseia...
Ao recitar, ao escrever,
Ao meditar, ao renascer...
Sou repetição, espetáculo, avião,
Rima em guardanapo,
Verdades em panos de prato,
E por fim, em devaneios, cancioneiro, coração...
"Às rimas de prontidão...".
Rafael Nicolay
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