agosto 19, 2016

entendido?

Eu queria entender a tal paciência,
Busco e vejo tantos outros afirmarem tê-la encontrado
Mas o que será, que em todo esse caminho, estou fazendo errado?
Talvez eu esteja olhando para um horizonte em divergência

Com o Eu que quer, anseia tão solenemente por tal encontro,
Ao mesmo tempo que esse ser entende que a vida é composta por outros pontos
E que o mundo gira, no tempo necessário...
És como a deriva da vida, num loop imaginário.

Portanto, cabe a quem quiser...
Tamanho esforço para essa busca
Que intermitente se apresenta
E quando aparenta estar perto dos olhos, ofusca

Assim, vou seguindo na tentativa de entender
O paradoxo que habita o meu viver
Mas que de rimas pobres, canta! Todas as noites.
E de velhos hobbies, acaba aceitando o tempo do acoite...

"Paciência..."

R.

agosto 14, 2016

um pouco sobre o agora.

Arde no peito a vontade
De mudança, de revolta, de esperança
Cabe nas mãos a vaidade
De quem quer se despir, viver e se unir.

Adentra a mente, em lentidão
A percepção de eventos
A válvula que transmuta o Eu
Para outros acontecimentos.

Presos à carne, ao pecado original
Caem em prantos, como algo terminal
Ante ao indagar da verdade
Tal qual a passagem da matéria ante a viagem.

De onde vamos para o que somos,
Do que eternizamos para o que deixamos
De fato, o outrora não existe e permanecemos presos
Ao nos esquecer que o agora é tudo o que Ele disse.


"Indagações, movimentos, sinais, desejos..."

R.