junho 30, 2011

Nova lua

Intrínseco ardor,
Para com a ilusão,
De uma simpática cena,
Solitude em solidão.

Fogueira da aurora,
Iluminando meu céu,
Mostrando-me caminhos,
Neste pedaço de papel.

Que por poesia,
Miragens à delirar,
Nova lua ao dia,
Leporidae à enxergar.

Sintaxe em vão,
Ciência oculta,
Paixão, distração,
Reação conjunta.

Em meio a um portão,
Noites mais altas,
Sinceridade e imensidão,
Do que preenche esta falta.

Por existir formas,
Procuro subjetivar,
Entre tantas "novas",
Surge a de me apaixonar.

"Pois enxergamos na rua,
Um esboço de nossa condição,
Quando recebemos da lua,
Sinais, sínteses da paixão."

pudim.

Rafael Nicolay

junho 27, 2011

Beatriz.

Faz-te feliz,
Eterno aprendiz,
Nome de estrela,
Constelação inteira.

Mais que um poema,
Perdura em poesia,
Inspiração extrema,
"Pratododia"!

"Será que ela é moça?
Será que ela é triste?
Será que é o contrário?
Será que é pintura o rosto da atriz?"

O que será que eu fiz?
Como saber esta diretriz?
Incógnita minha,
Sentimento, entrelinhas.

E canto ao lado do quarto,
Lembrando do beijo gelado,
Da cor de baunilha,
Esmeralda cristalina.

"Diz se é perigoso a gente ser feliz..."

Rafael Nicolay

Revolta-me.

Lixo,
É o que vejo,
Matando o desejo,
Destes lixos.

Que é por dinheiro,
Burgueses o ano inteiro,
Mas calma...
Não é generalizar.

Pois o alvo foi dado,
O dardo apontado,
Basta-me o gatilho,
E com um click... Silencio.

Porcos do amanhã,
Sujeira vandalizada,
Febre originária,
Aos aplausos de quem gostou da maçã.

Não sei como dizer,
O pecado incomodado,
A repetição deste ato...
Humano e infeliz.

Meu sangue ferve,
Meu punho enrijece,
O ódio aparece,
A falta de prece.

Não me assusta mais,
A podridão de tudo,
O ciclo deste luxo,
Deste mundo incapaz.

"E é com lágrimas nos olhos,
Que a revolta traz...
O que eu não sei como falar."

Rafael Nicolay

junho 26, 2011

"Poecura!"

Não convém,
A magia escrita,
Com o brado da palavra dita,
Não têm...

O locutor desatento,
Perdida ao relento,
Do recital em andamento,
Não vem.

O memorando ao vento,
Por mais um dia,
Desta bela poesia,
Este amor, ao momento.

Disestesia do coração,
Melódica união,
Estagnada a vida,
Desta cicatriz vitalicia.

"Leia-se de um para um,
O dois entre nós,
Eles para depois,
Neste quarto a sós." 

Nikko

Meu delírio.

"Tanta afinidade assim,
Eu sei que só pode ser bom..."

Meu coração em delírio,
Para o que foi partido...
Não para de pensar...
E de pulsar... Pulsar...

Este é o meu sentido,
De quem quer amar,
Cuidando com carinho,
Deste especial...

Ser local,
Alma moral,
Entre choques "almáticos"
Por bosques simpáticos.

E perdura em mente,
O sorriso e a praça,
Embolação de palavras,
O quanto eu quero te encontrar...

"Ao menos, mais uma vez."

Rafael Nicolay

junho 25, 2011

Heroes

"Eram de capas,
Com trajes coloridos,
Serviços cumpridos,
E nosso fecha aspas"

O sacrifício,
Erros do ofício,
Verdades do omisso,
Corações partidos.

Responsabilidade atingida,
Metade restringida,
Promessas para a vida,
Esta é sua sina.

Aos dias de apuros,
Em que juro,
Meu voto pôr,
Débitos de vigor.

E é com nostalgia,
Que tento expressar o que devia,
Aos anônimos de nossos corações,
Heróis em nossas imaginações.

"Pais de nossos corações."

Rafael Nicolay

junho 24, 2011

Vendas

Relíquia minha,
Que entrego de mãos,
Em mãos passeando,
Meu pobre coração.

Omisso motivo,
Intrínseco sentido,
Quando não parar,
Quanto valerá?

Vazio preenchido,
Calmaria em canção,
Querubins em castigo,
Desta pobre missão.

Em um local simplório,
Uma praça, um empório,
Tua análise complexa,
Minha vida perplexa.

Versos livres,
Palavras ao vento,
Alguns dias tristes,
Mas ainda aguento.

"Não falta-me nada,
Mas sobra-me o enxergar..."

Rafael Nicolay

junho 21, 2011

A rosa e o pseudo-príncipe.

É isso ai,
Na forma culta,
A palavra oculta,
Respostas...

Dúvidas da noite,
Perdura em dia,
Agonia em prantos,
Pura melodia.

Rosa tardia,
Unificada em poesia,
Desabrocha ao luar,
Deixa o vento, com suas pétalas bailar.

Entristece a dor,
Agoniza o amor,
Rejuvenesce o valor,
Deste vendedor.

Deixando suas sementes,
Sorrisos em mentes,
Felicidades,
Verdades.

Quando a sinceridade brota,
O espanto que se mostra,
A rosa que cai morta,
A amizade...

Não deixas sobras...
Para a dor... Para a dor...
"De um amor."

Rafael Nicolay 

junho 20, 2011

Agradecido, buoni amici.

Aos queridos amigos dessa vida,
Minha eterna gratidão,
Pois sozinho estamos, nella vita,
Mas não em meu coração.

Aos amigos que passei um dia,
Para as pessoas das horas tardias,
Em um momento pôr-se-a chorar,
Guardar e lembrar.

Destinos momentâneos,
Caminhos politômicos,
Modelos contemporâneos,
Escolhas, rimando o anatômico.

Laboratórios dos meus dias,
Personagens ao criar,
Prosopopeias benditas,
Um mundo a conquistar.

"Eu bem que tentei,
Agradecer aos meus amigos,
Que em caminhos herdei,
Corações aliados."

Rafael Nicolay 

junho 19, 2011

junho 18, 2011

Atos.

Este silêncio,
Que indaga ao meu coração,
Tua volta a minha vida,
Teu adeus na contramão.

Ainda não entendo do tempo,
Não sei como fazer chover,
Mas minh'alma pede abrigo,
Pois este peito não para de doer.

Meus dias proclamados aos céus,
Alturas das nuvens no espaço,
Coração, sol ao véu,
Insônia com olhos fechados.

Extasiado peito de prazeres,
Momentâneos como em palavras,
Inspiradas junto dos afazeres,
Meus caminhos sem mais estradas.

E uma história me lembro em completo,
O silêncio que calou pelo peito,
As palavras que ficaram ao leito,
Por duas almas que chegaram a se encontrar.

"Meu silêncio,
Tempo por dizer,
O quanto queria,
Amar..."

Rafael Nicolay

Be happy.

Privativo,
Conversas paralelas,
Assuntos vitalícios,
Disruptivo.

A forma que traduz,
Saudades entre luz,
Rimas para te cantar...

Sonetos abertos,
Deste dia mais belo,
À origem lembrar.

Os parabéns,
Que são para ti,
Não os deixo para lá.

Em tardias,
Horas de poesia,
Um singelo poema...

Acabei de criar.

"À inspiração,
À confidência,
À amizade,
Nossa eternidade."

Rafael Nicolay

junho 17, 2011

Admiração.

"Repetitivo é,
O momento de agora,
Pois em instantes lá fora,
Transtornado passa...

Em ruelas vizinhas,
Por bicicletas que caminham,
Meus locais a lembrar...

Em onze versos,
Meu divertimento ao inverso,
Minhas madrugadas em que renego,
Essa sina do amor."

"Enquanto for, um terço meu...
Serás vida."
(O Teatro Mágico)

Rafael Nicolay

junho 16, 2011

E lá se vai, mais um dia.


Rio,
Em minha cabeça,
Árvore a florescer.

Entretanto,
Surge em mente,
Dispensando a gente,
Para o que nascer.

Em sonetos,
Estranhas afinações,
Fermatas em cifrões,
Dó de não falar.

Música,
Que cala no peito,
Perdura ao leito,
Pranto ao acordar.

E lavanda,
Na varanda da gente,
Perfume mais quente,
De quem sabe amar.

Viajante,
Perambulando pelas estantes,
Sem saber, em definitivo,
Qual é o seu lugar.
"Em meio a tantos gases lacrimogênios, 
Ficam calmos,
Calmos."
(Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges)
Rafael Nicolay

junho 13, 2011

Frio.

É o frio,
Meu rio,
De soluços em vão...

Meu dia colorido,
Sem sentido,
Ainda no chão.

A rosa,
Continua linda,
Mas os espinhos,
Estes deixaram sua ferida.

É pranto,
Desespero do encanto,
Rimas demasiadas,
Sorrisos da sacada.

Por apenas um dia,
Eu queria ficar assim...
E não depender de alguém,
Para decidir um fim.

É... Não entendo porque tudo tem que ser assim.

junho 12, 2011

Domingos terçãs.

E chega de mansinho,
Esta luz, este amor,
Amizade com carinho,
Desenhos que Deus criou.

Perdura em meus planos,
Em dimensões da consciência,
Continuamos vagando,
Nas diretrizes de nossas ciências.

Poesias que criaste,
Melodias para recitar,
Em fogueiras pulaste,
Festejando esse nosso bailar.

Em "tampouco" tempo,
Emanou novas alegrias,
Que perdura dentro de um templo,
O coração em novas folias.

Peito corajoso,
Destemido e ansioso,
Envergonhado fardo,
De tão leve mostra-me teu agrado.

"E a ponte vem,
Sendo a distância de quem tá só."
(O Teatro Mágico)
para uma amiga distante

Rafael Nicolay 

junho 11, 2011

Clamo...

"Reticências ou ponto final...".
Estanca em meu peito,
Que aos poucos fica sem ar,
Esta vontade, desejo...
Junto a ti querer ficar.

Por mais simplório dia,
Mais que tuas agonias,
Meus versos e poesias,
Clamam a ti para entrar.

Meu suspiro junto a noite,
Minhas madrugadas em meu nome,
Pensamentos e condimentos,
Sustentam minh'alma perante o raiar.

Deste sol que proclamo,
Em nome dessa dor!
Vontade de juntar,
Teu perfume, nosso amor.

E entendo a condicional,
Dependo das reticências ou ponto final...
Mas não aguento em me calar,
O quanto quero arriscar...

E será que remarei sozinho?

"Ata-me, canção,
Rima que o peito teceu
Estanca, espanca meu "eu"
O dom de amar é sofrer."
(Galldino)

Rafael Nicolay

junho 10, 2011

Sem dores.

"Eu entendo esse amor,
Eu compreendo tua dor,
Dor que já senti,
Chorei, mas sorri."

Nikko.

junho 09, 2011

A dança

A Dança

Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio
Ou flecha de cravos que propagam o fogo:
Te amo secretamente, entre a sombra e a alma.

Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascender da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,

Se não assim deste modo em que não sou nem és
Tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Pablo Neruda

"Estranhesas"

Impactuo tuas fontes,
Textos e montes,
Aquarelas derivadas,
Passarelas da estrada.

Em prantos correria,
Entretando não existe mais dia.
O plural estagnado,
Junto a saudade, em recanto calado.

Moinhos de alegria,
Suspiros e brados temia,
O cavaleiro na roda gigante,
Ao imergir em água da fonte.

Emerge o conhecimento,
Encanta-se pelas diretrizes da vida.
Bissetrizes para o entretenimento,
Um caminho intrínseco a mais valia.

Entesdestes meus sentimentos?
São por horas tardias.
Agonias em meu peito,
Que não esquecem de minha sina.

Porém,
Aos desatentos,
Minhas sinceras apologias,
Para com o meu Eu sempre atento...
Às súplicas do dia-a-dia.

"Sempre procuro,
Um alguém para olhar,
Mas ao mesmo que recuo,
Sem saber o que falar."

Rafael Nicolay

junho 07, 2011

Pensei?

Quisera eu pensar,
Novamente o que lembrei,
Pois pensando em duvidar,
Esqueci o que pensei.

Nikko.

junho 06, 2011

Caixinha de surpresas.

"Surpreendentes nossos encontros ao anoitecer!"
E é de sorte,
Exposta ao pote,
Um trocado raro,
Biscoito dourado.

A vida que vem,
O dia que tem,
Nessa surpresa,
Incógnita realeza.

Pequena,
Serena,
Esperta,
Mais do que bela.

É de ouro,
Prata ou fogo,
É meu cobre,
Possuiste um valor nobre.

Em voltas,
Bailarina a cantar,
E de costas,
Ao meu lado observaste o luar.

Caixinhas,
Estas são o resumo,
Do que presumo,
Matemática discreta.

Pandora,
Cavalo de tróia,
Embora,
Queira ser guardado como jóia.

A beleza,
Minha fortaleza,
Noite e natureza.

Sutileza,
Caixinha de surpresa,
Eu aposto um "bocado",
No quanto eu...

Hei de ficar encantado!
"Impressionante,
A luz de uma caixinha,
Instigante,
A alma de uma menina."

para um encontro de almas...

Rafael Nicolay

junho 05, 2011

Andarilho.

"Durma medo meu"
E um momento,
Você aprende a voar.
Em dois segundos,
Você não quer mais acordar.

Seus sonhos transformados,
Agitados como achocolatado,
Ponderados, nossa imaginação.
E nossas asas distantes do chão.

Eu não sou um anjo,
Mas consigo delirar,
Entendo um pouco do amar,
Continuo meu arranjo.

De sonhos,
Com olhares,
Sem promessas,
Nossos passos com verdades.

E pendurado na porta,
Permanece meu bilhete,
Perdurando em minha mente,
Meus eternos verbetes.

Indagando pelas ruas,
Às pessoas cruas,
Por um desconhecido,
Um dia, andarilho destemido.

Rafael Nicolay

junho 04, 2011

Conversas.

Nossas similaridades, compartilhadas até tarde!
E surge uma vontade,
De escrever,
De conhecer,
Essas verdades.

Excluir essas metades,
Pegar os inteiros,
Transformar os covardes,
Indagar minhas vontades.

O que eu quero,
O que eu preciso,
Procuro indeciso.

Eterno aprendiz,
Minha bissetriz,
Filosófica,
Teológica.

Potência,
Forma,
Essência,
Alma de luz.
"Não preciso de sentido,
Quando o que estou sentindo,
Complementa meus delírios."

Rafael Nicolay

junho 01, 2011

Interior.

Atira!
Aponte a arma,
Nesta face pálida,
Deste singelo ser.

Propicia!
Um alívio disparado,
Propina rara,
Divergente do saber.

Marca!
Esse peito pacato,
Genéticos traços,
Indivíduo que nasceu.

Endividado,
Pobre e bastardo,
A conta ao delegado,
Problema é teu.

Parada,
A pessoa fica,
Implora e explica,
O que Deus lhe deu.

"Para quem entende,
O que sinto e o que pende,
Princípios da vida,
Montanhas distorcidas."
Rafael Nicolay