abril 25, 2012

Há esperança.

Estou em apuros,
Cadê Deus? Por favor, me ajude!
Ganho o conforto
Entro mais uma vez em meu padrão de vida: O comodismo.

Entro em conflitos,
Onde está Deus? Me auxilie, coloque Sua luz em meus pensamentos.
Adquiro a paz
Esqueço o que Ele fez.

Revivo meu passado,
Novas tribulações, Deus, por quê?
Não entendo, mas ganho o conforto e a paz, novamente...
Tento entender, mas deixo de lado o que Ele me mostrou.

Estou caminhando,
Alguém corre para o meu encontro... É um assaltante.
"Meu Deus, me ajude, por favor..."
Descubro que meu medo era apenas de um estudante atrasado...

Esqueço mais uma vez de tudo o que aprendi,
Mas algo começa a me incomodar...
Algo começa a refletir...
E em algum momento penso no Amor.

Não tenho palavras diferentes para dizer,
Tenho padrões a alterar...
Não possuo mas a ingenuidade do desconhecer,
Prostro-me agora à orar.
"Ciclos.".

Rafael Nicolay

abril 22, 2012

Sois água.

Quebre seu muro de valores,
E entenda seus verdadeiros princípios,
Pois o medo de reconstruí-lo
É o que nos aprisiona ante a presença da verdade.

Deixe entreaberta a jaula da verdade
E, livre, o anseio pela paz.
Surpreenda a si e só.
Não exija além.

Exija além de si,
Para com o Eu em favor do outro,
Estenda o braço e o amor...
Deixe que fluam como a água.

Sois como um rio,
Estabeleça em qualquer resistência,
Um ponto ao seu favor...
Sois o que a água deve ser...

"Mutável ante as circunstâncias,
Porém, imutável a transgressão...
Do ser interior.".

Rafael Nicolay

abril 20, 2012

Poeta de outrora.


Poesia, por favor, não me desampares.
Pois a ti eu procurei em meu lamento,
E entreguei meu sentimento como lástima de perjúrio,
O meu próprio coração.

Poeta, por que me abandonastes?
Por que deixastes que meu coração fosse iludido?
E sem mais o que falar eu te peço...
Não volte, mas deixe em algum lugar a tua poesia...

Permitas ao meu ser uma bela leitura,
Desafies meu ínfimo com tuas entranhas em palavras,
Desabroche a flor que existe, mas não esqueças dos espinhos.
Desafines meu tom.

Para que meu ego se faça menor do que os mais humildes,
Para que meu íntimo não seja tão ínfimo quanto o pôr-do-sol.
Por favor, poeta...
Não desampares quem te deu a linha e o anzol...

"E ensinastes a ti, e somente a ti, o valor do teu pescar.".

Rafael Nicolay

abril 19, 2012

Sim, não, eis a questão...

Sim, o que ela diz,
Não, não convém com o que faço...
Sim, pela voz do intérprete,
Não passa de mais um ato.

Entre o sim e o não,
Perdura minha questão,
Ocluso em indecisão,
Há um muro em minha reflexão.

Não, pela sombra,
Sim, pelo calor.
Não, não estás acomodada,
E há o comodismo em seu esplendor...

O meu reflexo é, por fim,
Um 'sim' postergado,
Um prazo sem fim,
Um 'não' demasiado...

"Em um momento entre o sim e o não,
Verdade é atenção."

Rafael Nicolay

abril 18, 2012

Conselheiro do tempo

Eu pedi por tempo,
Perdi o tempo da corrida,
Dos afazeres... Da minha vida.
Pedi por perder... Perdi o entender.

Enclausurado em meu próprio corpo,
Vi meu passado voltar,
Com a tormenta e o fogo,
Mais uma vez queimar...

Em carne viva,
Com sal na ferida,
Exposto ao vento,
Há a cura... É o tempo.

E minha mente, túrbida,
Engana o coração,
Desencadeia a dor da dúvida,
Em cada segundo de minha oração...


"O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi .". - Eclesiastes 3:15


Rafael Nicolay

abril 15, 2012

Aurora.


E quando eu estiver sonhando,
Por favor, não me acorde!
Não me deixe deixar de sonhar...
Deite-se comigo, fique aqui.

Levantaremos ao nascer da aurora,
Desceremos montanhas de gelo,
Acamparemos ao por-do-sol...
Recitaremos o futuro!

Vamos entreter a noite,
Enaltecer o dia,
Caminhar pela tarde,
E deixar tudo para amanhã em nostalgia...

Vamos andar... Vamos andar...
Dê-me tuas mãos,
Entrego a ti meu coração,
Mas cuide bem dele...

"Não deixes que ele caia em tentação!".

Rafael Nicolay

abril 11, 2012

Donzela.


Eu, agora, sinto a sua falta.
Fico em estado latente até o nosso encontro,
Mas deixo meu coração bater entre o tempo e o desencontro.
E acato a dor como uma tentativa ao nada.

Proclamo ao meu mundo particular,
A dona de meu coração!
E ao me libertar de todas as sinas,
Entrego-me a ti sem recessão.

Acata-me o peito e os traços,
Desfloro em teu leito nossos abraços.
Observa-me em toques sutis,
Atento minh'alma ao porvir, gentis...

Entendas este singelo poeta,
Que procura, dentre todas as coisas, amar.
Compreenda que ele possui um tesouro intacto,
O coração e um lar a desfrutar...

"Chamado: Companheirismo.".

Rafael Nicolay

abril 09, 2012

A máscara.

E o circo caiu,
A casa pegou fogo,
E ninguém assistiu...
Ao medo ou ao pavor, de novo.

Caiu de tal maneira,
Como mágica a falar,
Espelhou-se a vida inteira,
Em uma brecha à esperar.

Cavou com os próprios pés,
As sementes do futuro,
Diagnosticou seus males,
Com as certezas dos desusos.

Portanto definiu,
Que era tudo ilusório,
Não apreendeu no que viu,
A máscara dos seus olhos.

Entretivera como palhaço,
O lúdico do seu leito,
Perdeu-se em pensamentos,
Com o orgulho do seu peito...
"E não deixemos a mágica de nosso teatro desaparecer,
Entretanto, a máscara de nosso espetáculo deve cair...".

Rafael Nicolay

abril 07, 2012

Melancolia.

É velho!
Não, Sr. Rabugento.
Talvez senhor...
Ou seria unguento?

É mal humorado,
É fato, fardo cavado,
É paranóia dos dias parados...
É certeza do que nunca foi dado.

Palavra e pavor,
Tristeza e rancor...
Não, não é isso que compõe meu íntimo,
Mas é o que explicita meu ínfimo ser.

Poder que não cala,
Quer casar!
Encontrar uma salva,
Parar de falar...

"Por um instante, sequer...".

Rafael Nicolay

abril 02, 2012

Artesão de almas.

Descrevas minh'alma,
Ó grande Artesão das palavras!
Teças em meus cachecóis,
Tuas sinceridades e minhas salvas.

Entendi, entretanto, os riscos,
Mas não perdi, em segundos, os fios!
Os frios dos dedos e as luvas dos medos,
E encontrei meu Eu, de alguma forma.

Revivas meu passado em diversas cores,
Estendas o teu presságio na cor dos amores...
Deixes marcado em um local perceptível,
Se não for quase no peito, que seja visível!

Para todos e para ninguém,
Para Ti e mais alguém,
Mas não Esqueças de escrever,
Uma história, uma nova vida...

"Com você!".

Rafael Nicolay