maio 26, 2014

Bater de asas

Viver é aprender como o pardal
Torna-se uma águia no ar...
Que no limiar do bater de suas asas
Percebe o quão bom é plainar

Mas antes pelejou
Até o grande empurrão da mãe pardal
Um voo meio caído, desajeitado...
Leve e amedrontado.

É o que ponderaria desventuras,
Mas transforma-se no mais belo da vida,
O imprevisível ato,
Ele aprendeu a voar...

E possuia sua leveza,
Era onde a mágica acontecia,
E o clímax prevalecia...
Tal qual o poeta que bateu asas

"E me alimentou, de poesia
Voando para casa."

Rafael Nicolay

maio 06, 2014

Amanhecerá.

E tudo quer mudar...
O todo anseia
O mudo receia
E permaneço no ar...

Ou talvez no chão
Seja no mar
Qualquer lugar persiste a situação.
Do que restará?

E não é da morte que me preocupo
Nem da dívida que me culpo
O achismo é arrogar
Uma verdade que nem minha é ]
para falar.

Antes era medo,
Hoje é como uma sorte, liberdade.
Agora é conforto...
Amanhã, talvez, pura vaidade.

"De tentar abraçar o todo de si."

Rafael Nicolay

maio 04, 2014

Criou asas, avoou...

Criou asas e pernas e foi pulando.
De muro em muro,
Voando sobre cercas no escuro...
Pelos varais foi escalando.

Quando, de repente, estagnou!
Perdeu o equilíbrio e se estabanou...
Caiu no chão e perdeu a visão.
Tamanha era aquela emoção!

Viu um outro coração a voar
Se encantou e tentou acompanhar...
Mas não foi em vão
Aquele impulso rumo ao outro irmão.

Porém, percebeu, já alto no ar...
Que o seu maior medo era chegar,
Junto a forte ventania
E deixar-se munir e fluir de uma nova alegria!

Rafael Nicolay