março 27, 2014

Farda manchada.

Uma luta com covardia,
A arma aponta para a cara da alegria...
Nessa terra de ninguém,
Ai de quem delatar uma "pessoa do bem".

Ai de quem levantar a bandeira,
Não aquela, com um podre verde e amarelo...
Não com uma 'merda' de Ordem e Progresso.
Mas levantar a camisa verdadeira.

Aquela toda branca, que por hora representa a paz
E amanhã? Torna-se vermelho, jaz...
Ó pátria putrefata, de tantos filhos, tu mataste bem mais de mil...
Esse é um dos lados deste rico e podre Brasil.

E a farda é usada,
Abusada e até ousada...
Que acrescenta sempre mais aos cemitérios,
Este cheiro impregnado e deletério.

Rafael Nicolay.

março 26, 2014

Sobrepor.

E era de se esperar,
Ante a intuição do poeta...
A criação de aventuras e desventuras,
Da paixão forte e desperta!

Como um leão que pondera rugir,
Tal qual é a flor no ato: "desabrochar"...
É, também, a Lua que guarda o meu sentir!
E que o seu reflexo mostre o meu caminhar.

E como numa troca singela,
Leões que rugem, flores e seu botões...
Traduz-se nessa imagem direta...
Da alegria de uma criança com alguns balões!

Balões de amor, carinho e compaixão...
Que juntos no ar tomam formas e grandes proporções,
Todos coloridos e juntos, formando um grande coração!
E apenas duas mãos para segurar tantos balões...

"Que agora estão lá no céu,
Passeando pelo ar..."

Rafael Nicolay

março 10, 2014

Aprochegue-se.

E num passo pra lá
Vem outro pra cá...
E rapidinho estamos ali,
Outrora aqui!

É um suspiro mais forte,
Um delírio do norte...
Com os teus pés no sul,
E tudo fica mais azul...

E corpo com corpo...
Rosto do lado d'outro!
Lábio com lábio,
Devaneio cálido!

E sucede assim esse bailar...
Que com uma imensa força
Aprochegou-se com o sonhar,
Nesse olhar de menina-moça...

"Que me fez avoar..."

Rafael Nicolay