dezembro 06, 2015

ao ato.

Eu procurei, dentre todos os textos
Olhares, emoções... Momentos
E cá estou na incapacidade de escrever

O motivo, é uma incognita que hei de conhecer...
O que mais cativa meu coração...
Fazendo ele bater, em êxtase.

Sinto, deveras, o que transparece
Como algo que adentra e dilacera meu peito
Mas quando percebo... É tarde...

Eis que estou em paz
E me tira de meu corpo...
Conecta-se com minh'alma.

O que busco e encontrei...
É o mais singelo ato de amor...
Que existe entre os lábios teus...

"És um sorriso, feito por Deus.."

Rafael Nicolay

dezembro 03, 2015

a.

A
Acabou
Acabou o poema
Acabou o poema que eu queria
Acabou o poema que eu queria escrever
Acabou o poema que eu queria escrever com palavras,
Acabou o poema que eu queria escrever com palavras, repetidas demais.

novembro 27, 2015

"amigos"

era o dito pelo omisso
a vontade pelo submisso
o entretenimento pelo vício

de tentar agradar, mas a quem?
sujeitar-se a vontades, mas de quem?
afinal, existe o abuso, mas por quem?

de tudo o que fica nas entrelinhas
amigo é quem traduz os pormenores
e deixa o secreto para o passado dos dias piores.

fica, assim, pedindo voz
aquela vontade atenuada
a verdade que jazia calada...

"Até os dias atuais...
Amigos secretos? Jamais."

novembro 25, 2015

amor_pt.2

Amo o poema
Ante ao poeta 
Que recita a poesia 

E proclama os versos 
Com um ar de maresia 
E um quê apaixonado 

De amor com nostalgia 
Do novo que anseia por viver 
E do velho que se permite transcender...

Entendo o amor como algo sem medidas 
Quiçá, compreenda todas as galáxias, ao final 
E abrace todos os poetas, poemas e poesias... 

"Afinal, amar, dentre todas as hipóteses, é um ato universal..."

Rafael Nicolay

novembro 15, 2015

dor

Doeu, bem no peito...
Os destroços que acertaram o coração
A mania sensacionalista de mais uma nação
De remediar a dor com ódio.

Ardeu, bem no corte
A incerteza de que tudo se acertará
A forma como o medo há de se propagar
Ainda haveria maneira de recuperação?

Sentiu, bem na alma
A vaidade de uma elite sem igual
Ponderando sobre o que falar, para quem e qual...
Seria a manchete mais impactante pro ibope do jornal

Morreu, bem na lama
A vida que tentou avisar
O natural que deixou este lugar
Para nascer algo vil que continuará a matar...

Assim, como ilusório cidadão
Todas as partes do meu ego caem
E numa tentativa de suplicar aos que destroem
Imploro pela esperança de quem reconstrói...

"Os laços que se romperam...
Partiram..."


Rafael Nicolay

novembro 08, 2015

a_mar...

Há de prevalecer o tanto que sinto?
Assim como o poema que omito
Deixo que ele deambule em meu cerne
Entendo os meus anseios e os permito.

Há, então, um vendaval de palavras
Versos e anotações!
Relatos de um coração que bate...
E demonstra o pulsar com emoções

Tantas que não consigo descrevê-las
Tento separar essa parte do todo... Tudo.
E, sem sucesso, observo com cautela
O que é sentido e o que a mente não mente

Por fim, após a ferrugem poética
As alavancas de minha inspiração
Resumem-se a união desse sentir
No mais belo palíndromo que existe na Itália...

"Amor...".

Rafael Nicolay

novembro 02, 2015

à_poesia.

Dilacera-me o peito
Acaba em minh'alma
Restringe todo o meu carnal

Entope-me os ouvidos
E tira-me o ar!
Cria o meu desejar...

Interatua com o meu Ego
E passa-me para o espiritual
És melodia, canção do meu astral!

E desfeito em trapos
Reúno os pedaços, em mim..
Perpetua o que fica, por fim...





"Este estado de ser...
Poesia afim!"

Rafael Nicolay

outubro 29, 2015

despertar

acordou de um sono profundo
percebeu que tinha se tornado um moribundo
observou à suas falanges distais
a falta de cuidado com o próprio cais.

levantou vagarosamente
divagou, enfim, sobre o sonho reluzente
sentiu o peso de seu corpo dormente
pois adentrara os elísios da alma...

retornou, por fim, com muitas suposições
respondeu em si, as mais variadas questões
entendeu sobre a sua pequena capacidade racional
esticou-se aos limites deste corpo carnal...

não lembrou de muito, além da luz
relutou em demasio pelo mártir de sua própria cruz
emoldurou os próprios desafios e objetivos
e não se esqueceu do seu ensinamento de vida...

"Donde tudo é subjetivo..."

Rafael Nicolay

outubro 27, 2015

in_certezas

Ante a dantesca e inevitável percepção
permeia em mim, a suposta solução
e delineia os meus sentidos
prostrando-me despido a ti.

Reinou, por tempo demais, o medo
em meu coração, em meus lapsos de razão
em um turbilhão de sentimentos
que denominei Paixão.

Mas surge tamanha segurança
é ela, plena, a esperança
e indaga perante a nós...
para que o inferno antes do paraíso, afinal?

Habita em nós a certeza,
de que não devemos pisar em falso...
mas quem há de ponderar
o caminho que agora vai além do que falo?

"Na breve tentativa de amar...
Estando em amor..."

Rafael Nicolay

outubro 18, 2015

analua_

és como um turbilhão de emoções
que, desenfreadamente, adentra-me
e embaralha todos os meus sentidos...

poderia, quiçá, ser explicado como aflição?
mas, ao invés, perdura em uma permuta
entre a alma e o coração... físico

pois toda química anseia,
e toda mente deseja... reagir
autuar e compartilhar... a paixão.

e não cabe a um mero poeta
elucidar o que se sente...
ou entender o tudo que acontece...


"Na conversa
entre dois corações, em prece...
E pressa, de se amar..."

Rafael Nicolay

outubro 15, 2015

êxtase_

há algo perambulando meu cerne
como um sussurro que ecoa pela vasta extensão psíquica
um demasiado anseio misturado de angústia
a perda de certos sentidos

eis que começa a ventar...
um movimento leve e sereno
o trompete, a percussão, é um jazz...
que me carreia, tal como o conjunto de moléculas que sou

e me entrega, em devaneio
ao extremo que habita em mim, perdido estou?
sinto o momento... persigo ele
deambulo vagarosamente, me permitindo

quero e anseio por esse sentir
sinto-o mais forte e perto
continua sereno...
entendo, por fim, que é amor.

"É um estilo musical...
No meu coração."

Rafael Nicolay

outubro 14, 2015

foi pra lá...

e como proceder?
quero ajudar, abraçar...
mas hei que atado estou
sem saber por onde começar.

entendo bem do pranto
e do desencanto...
eis o perjúrio do amar
mas veja bem, muito bem

não existe tristeza sem fim
ou dor que não vá, enfim
pra longe do coração
ele respirará, de supetão

e quando menos esperar
estará novamente pulsante
e, por fim, tu lembrarás
que há uma vida radiante...

"Por ai... A chegar..."

Rafael Nicolay

outubro 13, 2015

em_transe

transborda-me o sentir
de algo longínquo em mim
um resquício de um grande bem

era como uma certa nostalgia
adentrava o coração,
deixava inquieto com o ritmo
dos pés e o batuque da mão

era ansiedade... era história
era tudo o que pudera sentir...
em uma noite só

mas quanto caberia?
não existem pesos ou mais valia
no mundo dos sonhos...
onde tudo reluzia

"àquela saudade..
ante a vontade".

Rafael Nicolay

outubro 09, 2015

trilha_

mochilas preparadas
cadarços amarrados
um sorriso no rosto
uma leveza no peito

para àquela caminhada
que me conduzirá pelas montanhas
e me fará respirar o ar que anseio
com a pureza que faz falta, aqui dentro

e continuo seguindo
nessa árdua caminhada
que por mais difícil que possa parecer
sempre existirá a superação, declarada!

cá estou, sobre um pico
e aqui, sentado, sinto
a energia que abdico
e a recebo em uma troca...

"Muito maior...
Além do meu imaginar."

Rafael Nicolay

outubro 06, 2015

n_me

Àqueles belos poemas
Nas mais perfeitas inspirações
Alguém que recite-os

Ludicamente e com muitos refrões
Um ar de tamanha leveza
Inspiração acima da natureza

Zahir de minhas longínquas noites
Alento para o acordar de minhas manhãs.
Lamentos não existem mais!

Um quê de energia persiste em paz
Deveras, como uma lâmpada
Watts consumidos em suspiros!

Insistentemente, tento poetizar...
Gesticulando o que o coração quer falar
Mas como posso proceder, sem ao certo conhecer?

Obstáculo da distância, hei de vencer!
Raízes profundas me permeiam o peito
Ao céu azul, árvores cantarolam ante ao pleito

Explicitam, extasiados, a paixão
Saltitam como podem...

"Dentro desse novo coração..."

Com leveza,
Rafael Nicolay

outubro 04, 2015

needs_

I need you
Closer and closer to me
Waiting in the next bus stop
I'll be wondering...

What are we going to do?
I'll come for you...
Will you come for me?
I believe in the proximity... I do.

I wish a moment of the eternity
Looking right into your eyes
Smelling the perfum from your hair
Wondering again, the taste of your lips

I need you so much closer
Then, let's sit here and watch the sky
And take what is ours tonight
Because we're lovers

"From yesterday..."

Rafael Nicolay

outubro 03, 2015

essência quântica

criei, em minha intimidade
tamanha esperança à vida
com dantescas bonanças bem vindas
e eis que encontro minha identidade

quero, dentre tantas oportunidades
encontrar a ti, flor mais bela
e bebericar por dias, com cautela
o melhor perfume que já senti

anseio esse reencontro
por não suportar o perjúrio da distância
mesmo quando habitas em mim
em essência, em demasio

em ti, por todas as horas
que trouxeste luz ao meu peito
e eu, que mesmo sem jeito,
passei a sorrir...

Rafael Nicolay

setembro 30, 2015

existe...

existe algo...
sei que existe, está estampado
por todos os cantos que eu quiser olhar
um quê de expressão

um olhar cabisbaixo
uma raiva canalizada no cotidiano
o dia-a-dia corrido e...
falta

o ar e o bom dia
ante à demasia de informações
a super-lotação cerebral...
para uma vida sã?

existe, de fato
uma expressão generalizada
um cansaço inexplicável...
e um sentimento atordoante

estamos, deveras, em uma nuvem
como elétrons desse mundano local
palpável e irreversível
"é." disse ele... "é uma depressão geral."

Rafael Nicolay

setembro 29, 2015

lentes

e cá estava eu
tentando olhar para o chão
com os óculos ainda em minhas mãos

como poderia imaginar
que esqueceria de utilizar
tamanha ferramenta, inseparável

e quiçá, perceberia o ato
despreparado e imediato
de buscar por algo à distâncias

quando estava cá...
perto do coração
assim como a poesia que inspira...





"e nos faz expirar
espiar de um novo ângulo de visão".

Rafael Nicolay

setembro 28, 2015

oscilações

e sábios buscaram entender
as escrituras acima do tempo
o destino velado como o vento

o caminho individual de cada um
e as tamanhas reviravoltas universais
a revolução da alma e do coração!

a movimentação de partículas
as oscilações do que somos
e as previsões sobre o que não percebemos

e eis que por mais que escrito esteja
não sabereis até que a perspectiva mude
e, por fim, a verdade reconheça.


"Que, para observar,
Necessitamos de transitividade ilustre!"

Rafael Nicolay

setembro 27, 2015

E vou te chamar...

Pra sair e tomar um café.
Te peço pra você cuidar de mim,
Enquanto checo o troco do caixa.. 
Mas olhando para o meu peito...

O barulho que ele faz...

Por favor, por hora
Por alguns instantes...
Observe-o bater
E me diga se está tudo bem.

Olhe, além disso, para a cor...

Dos meus novos olhos...
E, se de fato, ainda existe paixão
Pois, por mais que eu anseie o oposto...
A esperança sempre içará velas
Para o meu coração.

E te peço isso, mais uma vez...
Pois você, de fato, cuidou de mim
E me deu um carinho e ombros quando precisei
Saiba, por fim, que tu me deste a esperança...

"E a capacidade de querer brilhar...
Na escuridão que habita em mim."

Rafael Nicolay

A.L.

setembro 25, 2015

rumo

pedi por inspiração
talvez por nova aurora
aderi a busca por todas as constelações
quero o porvir, agora!

outrora meu mundo parou
mas deixou o gosto do girar
assim como a roda viva
vida, cíclica, me fez acordar

caminhando na contramão
dos meus mais íntimos desejos
nos mais profundos vales
que formaram-se em meu coração

hoje, perpetuo a essência
ante a tamanha violência interna
deixando a vida tomar novo rumo
à calmaria de um barco sem velas...

"Em auto-mar...
em auto-mar...".

setembro 22, 2015

fiz_

me desfaço em versos
ora tristes
ora sinceros...

reúno-me em tantas entrelinhas
tento decifrá-las
eis a alegria do dia...

ou, quiçá, tristeza...
por perdurar em pranto
sorrindo com tamanho encanto

eis a controvérsia
e a análise de toda uma vida
ante vigésimo quarto Sol

cá está o Ano Novo
o farol...
que ilumina a si...

"para interpretar o porvir...".

Rafael Nicolay

setembro 17, 2015

embriaguez

Existe um pequeno devaneio
nutrido por dantescas expectativas
de um mundo sóbrio e lúcido
onde, em algum momento, hei de estar.

Mas, deveras, sinto...
o tudo que procuro fugir
por maneiras furtivas de se embriagar

Bate à porta, adentra a casa
chega e anuncia o fato do ser
e o estar... em ilusão.

Cai, agora...
tardiamente o relato dos acontecidos
à maneira prostrada... envelhecidos
as marcas de expressões...

"Preciso, na certeza...
Assimilar o tanto do acontecido
E ficar em paz, na alma e no coração...".

setembro 13, 2015

criança

esqueci de mim
da minha criança...
um tanto arteira e
sempre em brincadeira

que dança e corre na chuva
que pula em poça e faz alegria
exalando nos poros... arte
de amar, viver... do simples


esqueci e deixei um adulto
surgir e demonstrar toda a compostura
e exercer o trabalho de gente madura
mas não deve ser, de todo, assim

preciso de ti, criança
que habita nos lugares mais
longínquos que posso conhecer
nas vielas e vales do meu coração...

"Porque crescer é, acima de tudo,
permitir a criança que existe em você.".

setembro 10, 2015

assi_atura

O que eu quero... Agora
Consiste no cortejar, por hora
E o que devo... Fazer
Eis a postura, conviver.

Posso, por hora, estar cego
E para com o último momento
Desistir e perceber o próprio ego
E sem a mais, deixo ao alento

Anseio, dentre tantos
O teu deambular para mais perto
Gosto, preciso, quero.
Mas não possuo ou ouso...

Conquistar...  O que já não é
Mas que insisto em ser
O caminho que bifurcou
E o que o coração tomou.
"E foi pra lá... E foi pra lá...".

Rafael Nicolay

setembro 07, 2015

setembro 06, 2015

_ostálgico.

Os traços que ficam...
os trejeitos marcados
a garrafa d'água cheia na janela
os cobertores e as etiquetas virados

A cama, com o seu jeito...
o criado-mudo sem defeito
as contas, os papeis...
tudo ali, organizado ao viés

A TV pendurada,
com nossas séries favoritas
os planos, no mundo de Morpheus
enquanto nossos corpos se estabilizam...

Nostálgico tamanho sentimento
que no frio adentra o íntimo do meu ser...
e demonstra que por mais que passe o tempo
certos momentos hão de permanecer...

"Quiçá, a aurora chegar...".

Rafael Nicolay

setembro 05, 2015

tho_ghts

Who can acquire the resolute truth?
In between the several plans of the youth
And passing through a kind of an ideal
For those who want to live, for real.

And the subject focus on the cycles
Of the energy, in life and a certain balance
Wherever you stay, trying to smile
There'll be the truth for an instance

Which consider life as an equal exchange
And the equation can be simple, but with pain
Would you pay the price, for curiosity?
Or any other model for privacy?

Within the essence of your being
And the failure on see someone leaving
Perhaps, it's not a definitive end
For now, it can be the perfect train...

"Someday, I'll understand..."

Rafael Nicolay

agosto 30, 2015

saudade_Ó

o poeta aspira...
e após inconformação
despe-se de sua proteção
e tende a vertigem

das emoções que o cercam
e pelos vales que adentra
a mente que o enlouquece
ansiando por uma tênue luz... aparece!

e que, quiçá, será ao final de um túnel
e dentre tantos, o que irriga o coração...
não mais de sangue ou algo factível...
mas o respirar e levantar para um novo padrão...

mas mesmo por pensar tais verdades
e por saber que tudo não se resume a amar
insiste, por horas, em seu recanto
e em seu leito, jazer e não suportar...

"A dor e uma saudade...".
Rafael Nicolay

agosto 16, 2015

grito_o

e que seja pela última vez...
mesmo sabendo o contrário..
o pranto e o desalento
a angústia seria algo arbitrário?

talvez, em outra realidade
mas em qual delas encontro-me?
ao fugir... cortar a linha tênue que distingue
ao ruir... encarar, que toda ilusão tem fim

e quanto ao levantar...
mesmo com tanta dor
contanto que seja por amor...
próprio? auto-ajudar?

há, em tantas entrelinhas
as incertezas do meu coração...
que esmaga minha esperança
e me diz qual é a próxima ação...

"Au revoir... Au revoir..."

Rafael Nicolay

agosto 11, 2015

_steps

maybe, someday you'll find
the truth beneath my desperate words
or, maybe we'll just meet
and talk about each other's life

while I'm trying to walk
I remember the path under my skin
and the loneliness that came to say hello
still trying to say goodbye

forward, I can sense
all my energy screaming out loud
inside of my head... under my bed
I cannot ignore... I wanted to see

was when I found some strange peace
removing all my pain and feelings
but why do I miss?
is it another manner to learn and flee?

further, I'm walking
through the mountain that I fear
long is the time for moving
step by step, goodbyes and a kiss

"speaking peacefully, now, inside of me..."

Rafael Nicolay

agosto 09, 2015

medita_ação

retiro de mim..
o que minh'alma quer
precisa...
respiro, por fim...

atravesso com passos
mais largos que as botas
puderam, sequer, aguentar
ponho-me, portanto, a pensar

encontro a dor... a ferida!
decomponho-me em prantos
percorro o caminho para a saída...

e de todo meditar
eis com o que sempre se deparará:
o hall de espelhos, a vida...

"e o quebrar de todos... aviva!"

Rafael Nicolay

agosto 04, 2015

fala_r?

sobre versões...
do que foi dito ou não
um verão...
e variadas emoções

não quero mais atirar
palavras que perfuram a alma
e que nos tiram a calma
que seja o momento de pensar

eu sigo pela rua até passar a sua
e vou rumo a outro lugar
mas onde quero estar?
o agora me diz que não posso, não dá.

então, sem mais ou menos
com tanto e pouco
eu me ausento de um lugar
"e se", não... o amanhã dirá.

por fim, depois de versos
eu mudo o meu traço
eu deixo o meu obrigado
e mantenho o meu amor...

"por ti... ao porvir...".
N.

Rafael Nicolay

agosto 03, 2015

sobre_agora

Arrebentou... Acabou...
A corda e o status...
Mas não o coração...
E o sentimento, jamais, em vão.

Ante à verdade explícita,
À saudade e à esperança...
Perdurou o medo, o desespero...
Deveras, ante ao tempo.

Eu sei... Eu sei...
Atordoado coração.
Sufocado perante a emoção
Enquanto observa, inerte, a razão.

Seguiu o vento...
E ele apontou o coração
Pra uma nova direção...
Bem pra lá... Pra lá...

"Mas e quando ele quer estar... Cá?"

Rafael Nicolay

julho 27, 2015

o marinheiro e a mansidão_

Em prol de águas mansas,
Após tantas tempestades,
Para com o marinheiro que me tornei,
E para o meu porto-seguro, que despedacei.

O quanto quero reparar
O meu Eu, disposto a caminhar
Por uma linha tênue entre a confiança...
E a desistência de tantas bonanças.

E, por fim, que seja proveitoso o velejar...
Acrescentando, inspirando a arte de ensinar
Sobre as cousas e mistérios da vida
Ante a todo mal que, agora, finda.

E cessa os lamentos de outro oceano
Donde o meu espírito percorre o sereno plano
E chega até as raízes do sentir
E, por fim, observa o imergir...

"De tantas mágoas e chateações...".

Rafael Nicolay

julho 23, 2015

verdade_o amar...

A verdade é amar...
É tentar reconsiliar,
Procurar entender...
Não desistir, não retroceder.

Por mais difícil que tudo fique,
Talvez, deveras, exista uma esperança
Ou a fé em uma luz que comunique
Que virão as épocas de bonança.

Eu que cá estou,
Perdido em meio a tantas palavras
E a pensamentos em formas diversificadas
Amo.

E pelo dito e o entendido,
Eis os mares da interpretação...
Não possuas verdades absolutas
Ou o conhecimento de intenções.

E por isso, aprendi
Que o tempo é nossa armadilha chinesa
Prendendo-nos pelos dedos
Ante ao imediatismo de natureza...

"Que insiste em não respirar...".

julho 15, 2015

grito_de poesia

A alma estampada
Com o preço na entrada
A cara mal lavada
E a poesia enferrujada.

Quisera eu, como poeta
Poder transcender a alma
Com tantas palavras
Rebuscadas, simplórias

Mas deixo ao voar
À imaginação, à plenitude
De tantos outros verões
Para todas as estações

O tamanho do grito
A força que existe no peito
O jeito desafinado
Os trejeitos de lado.

"De um andarilho poeta-palhaço".

Rafael Nicolay

julho 13, 2015

relatos_

E quanto ao abraço?
Que, deveras, se soltou...
E por hora não aparenta retornar...

Um ser em laços
A dois, mas só.
Distante, relutante...

Tentando, clamando.
Por um devaneio ante ao momento,
De perceber a sua ilusão.

Que agradou outrora
Seu frágil coração.
Mas deixa ao léu...

Os lamentos aos céus,
Que estarão presentes...
Em momentos indiferentes.


"..."

julho 08, 2015

O ego do sossego.

O ego desentendeu ao comentar
E com o espelho se deparou
Encontrou-se com a beleza
E então em vaidade perdurou

Durante o crepúsculo
E, ante ao anoitecer
Percebeu, em sua plenitude
O seu tamanho, sua virtude...

Possuiria características nobres?
Ou seria uma supremacia pacata...
Miserável e pobre?
Entregou ao pensamento as sucatas...

De um próprio interesse
Uma maneira um tanto enciumada.
Da verdade que deriva a este...
Simples ser "altruísta"...

"Entretanto, deveras, egoísta..."

Rafael Nicolay


julho 02, 2015

O nevoeiro e o coração.

Olhe, olhe lá, eis a chuva!
E veja também, existe um arco-íris...
O Sol ainda não foi tomado pelas nuvens...
E talvez, nunca será.

Pois ele sempre retorna,
E com a batalha vencida
Nos trazendo o calor...
E o alvorecer de novas esperanças.

Mas ante a esse amanhecer...
Eis o cansaço, a fadiga
Que pernoita em meu nevoeiro.
E que adentra e dilacera o peito...

Antes tudo fosse simples,
Mesmo com o "russo" no coração.
Existiriam conflitos,
Mas haveria luz, até na solidão.

Em realidade,
Quando tudo parece ruir,
Os laços nostálgicos
Nos abraçam e seguram o porvir...

"Mesmo que por uma última vez..."

Rafael Nicolay

junho 18, 2015

Um, do nós...

Chove...
Inundando o peito.
Calado e dilacerado.
Condiz o trejeito...

Dói...
A cada lágrima do céu.
O paraíso colidiu...
E a terra sucumbiu.

Neste mundo de um só.
Onde tudo é o todo...
E no todo, choram.
Era um mundo...  Ou dois.

Cai, segue, adentra as águas da vida,
Em um rumo diferente, desconhecido.
Não é o bastante, não obstante,
Os votos de amor.

Finda, por fim...
Este único portal
Que porta tantos retratos...
Entre laços e abraços...

"Do tanto que o tudo fora..."

Rafael Nicolay

maio 28, 2015

San Francisco.

Quisera eu, poder distinguir
A insaciável utopia
A liberdade simples e viva
Ante ao julgamento exacerbado...

De, quiçá, realidade justa e aumentada.
Classificada entre diversos pontos sociais
Destemida, injusta e cega perante tantos ideais
Eis a verdade, jaz, contada.

Outrora quisera viver
E por hora, contenho-me com o sonhar
Diferentes são, assim como muitos
Os caminhos desviados da sinceridade interior.

Assim, como poucos
Vivem o hoje, o amanhã, com fervor.
E para tudo, que o Eu anseia.
Existirá um lugar, cá ou acolá...

"Realidades, a cantar..."

Rafael Nicolay

maio 12, 2015

Teias da consciência.

E quando o coração grita?
Não satisfeito por suas interpretações...
Eis, por hora, o malefício da mente.
Em sua forma de trabalho incessante, confluente.

Quiçá fosse direto...
Entre o dito e o omitido,
O mais sincero entendimento...
Ante a explosão de tantos pensamentos.

Entorpo-me por tamanha angústia,
Entrego-me a conduta da dúvida!
Que insiste em falar, quem sabe, demais...
Seria essa a melhor maneira para a paz?

Ou perdura o meticuloso egoísmo...
Quem sabe, és a paz e também o conflito.
Tolice minha, em devaneios esquecer
Que ordem e caos tecem igual caminho no viver.

Mas como desvendar ordenado caminho ao amar?
Não obstante, eis mais um poeta a penar...
Por não se conter e querer o entender sobre tudo.
Mas seria tamanho conhecimento esclarecedor e resoluto?

"Eis a teia de pensamentos,
Em que me encontro...
Mas não sei em qual ponto."

Rafael Nicolay

abril 29, 2015

Linhas próprias.

Eu que tanto escrevi,
Procurei dentre as linhas minhas...
Percebo que nada sei,
E que dantescas são as entrelinhas.

Do que, por vezes, venho a sentir.
E ante a catarse, inviável é o ato de reprimir
Introspecção seria o discorrer do momento?
Ou talvez deveria deixar ao alento?

Eu que tento dizer,
Acabo optando pelo não dito
E eis que surge a arte da dúvida
Portanto, deveras, mal entendido.

Entre transcender a um outro plano,
E retornar como outro ser...
Eis que aqui me encontro, mundano
Ou melhor seria: humano?

Saibam, portanto, que de toda abstração
Escondo-me em plena reflexão...
Liberto-me dentre tantos pontos,
Mas mantenho-me, impertinentemente, tonto.

"Nas entranhas de mim."

abril 21, 2015

"Tônica com Gim", por favor.

E quem dera fosse...
Só a saudade passageira,
Ante a vida corriqueira.
Antes dos anos transpassarem.

A barreira do sentimento,
Com a emoção do tempo.
E o toque de nostalgia.
E quem dera... Quiçá...

Um dia eu encontre ou tente...
Visitar um antigo amigo
Ou até aquele velho conhecido
Na antiga mesa de bar...

Ali, com a luz de canto,
O fumacê do cigarro
Aquele pedido decorado
E as viagens notívagas de carro...

E quem dera pudesse...
Ser somente essa saudade
Que sai de dentro...
E voa rumo a outra realidade.

"Que outrora, jaz, na mesma mesa...
de um mesmo bar..."

Rafael Nicolay

abril 12, 2015

Pacificamente...?

Existem momentos...
Específicos... Da fala.
Um turbilhão... De emoções.

E tudo parece não passar...
A sensação de melhora.
Quando chega ou quando vai embora?

De todas as formas...
As vezes nos armamos...
Mas, por quê? Não nos amamos?

Talvez seja o momento oportuno...
Do desespero... Do medo.
Da incapacidade de aceitar...

As proezas que faltam,
Talvez a alcançar.
Uma meta, um modo de vida.

Seja qual for o resultado...
O momento, de tudo, foi inesperado.
E que o amor, sua chama, não se transforme em algo...

"Apagado..."

Rafael Nicolay

abril 07, 2015

Um "pézinho" lá, outro cá.

Bateu uma saudade...
De uns tempos aí!
Quando o coração não via maldade
E o amor circulava aqui.

Cá entre nós,
O tempo mudou...
A névoa chegou, mas...
Mas aqui dentro pulsa!

Bate e rebate,
Toda a alegria vivida
Lembrança em poesia
E o sorriso pronde quer que a gente vá.

E me carregue por ai,
Dentro do teu peito
Eu, meio que sem jeito,
Não sei mais como falar...

De todo aquele tempo
Que parecia fantasia...
Mas era verdadeira vida
Que guinou pra lá e pra cá.

Por fim, veja bem
De toda nostalgia
Sempre existirá a alegria
Por amar sem ver a quem.

"Um tanto quanto gente,
Querida, aquecida, quente!"

Rafael Nicolay

março 31, 2015

Ô meu Pai...

Os olhos cansam,
E o coração... Sangra.
Quando foi que o todo inverteu..?
Ou foi o tudo que subverteu?

A verdade? A maldade?
O ódio adentra cada vez mais...
As vestes da realidade.
E tu amor? Para onde vais?

Sumiu e apagou...
Para o homem que o suplicou...
Ou seria apenas o purgatório?
Ante ao paraíso, não mais ilusório?

De tantos questionamentos,
Dói-me o coração...
Ao saber que por um só Deus
O homem destrói seus irmãos.

"..."

Rafael Nicolay

março 30, 2015

Um pouco sobre...

Existe um tanto
De mim, de você.
Para cada canto
Desse nosso quarto gourmet.

E depois do vento.
O tempo...
Me deparo com o encanto
Daquele antigo momento.

O gosto do beijo
O cheiro e o desejo
O abraço apertado
O suspiro mais que calado.

De cada momento
Em mim, pra você...
Outrora vem ou vai.
Esse amor, sem porquê.

Surgiu, cresceu.
Abrigou e sentiu.
Um tanto, um pouco.
Como um sonho, refletiu...

"Essa admiração sobre...
O teu coração.".

Rafael Nicolay

março 23, 2015

What...

If we just know
The imperfections of the world
Would we come anyway?
Or is it another excuse to be away..?

If we just feel
All the feelings in this world at once,
Would we survive?
What could we realize?

If we just see
The heart of our next,
Would we love him or her?
Could we forgive all mistakes or what would we prefer?

If we just live
With all mistakes we could make
Would our love last, at least, a life?
Could our bonds never untie?

"If I don't believe in any of those assumptions,
How could I survive?
Especially, without you by my side?".

Rafael Nicolay

janeiro 20, 2015

Estado de_mente.

E era um sonho...
O mundo e todos por ali,
O desejo de amor no ir e vir.

Seria a utopia da felicidade
Talvez, a melhor alternativa
Para todo o choque de realidade

E o poeta acordava...
E se deparava com a dor.
E se perdia, chorava.

O mundo que outrora
Fosse de tudo, habitável
Agora, era inegável.

Como uma distante aurora
O pedido por trégua
Quem foi que se esqueceu?

Que, deveras, vivemos
Por "trocas" justas,
Mas com vidas tão curtas...

E voltou a sonhar...
Com a sua, plena, aurora.
E sem hora para acordar...

"O que trocou?
Seria justo, agora?" 

Rafael Nicolay

janeiro 19, 2015

Sobre cravos e rosas.

Nas emendas dessa colcha,
Desenovelam-se, deveras, momentos
Fixos a tantos retalhos,
À tantos discernimentos.

E detenho-me a um,
O que seria a liberdade...
O retalho de uma flor,
Sem suas pétalas, talvez maldade?

Entre o bem e o mal,
Queiram-me por inteiro...
Quiçá, serei conciso...
Trêmulo e, ao menos, companheiro.

Para as palavras do peito,
Que resistem a supressão...
Demandam o seu pleito...
Querem falar sobre o coração.

Este, ser cansado,
Da fadiga dos ofícios
Envelhecidos são os seus ossos
E penoso é seu malefício.

"Quando os corações resolvem falar..."

Rafael Nicolay