janeiro 20, 2015

Estado de_mente.

E era um sonho...
O mundo e todos por ali,
O desejo de amor no ir e vir.

Seria a utopia da felicidade
Talvez, a melhor alternativa
Para todo o choque de realidade

E o poeta acordava...
E se deparava com a dor.
E se perdia, chorava.

O mundo que outrora
Fosse de tudo, habitável
Agora, era inegável.

Como uma distante aurora
O pedido por trégua
Quem foi que se esqueceu?

Que, deveras, vivemos
Por "trocas" justas,
Mas com vidas tão curtas...

E voltou a sonhar...
Com a sua, plena, aurora.
E sem hora para acordar...

"O que trocou?
Seria justo, agora?" 

Rafael Nicolay

janeiro 19, 2015

Sobre cravos e rosas.

Nas emendas dessa colcha,
Desenovelam-se, deveras, momentos
Fixos a tantos retalhos,
À tantos discernimentos.

E detenho-me a um,
O que seria a liberdade...
O retalho de uma flor,
Sem suas pétalas, talvez maldade?

Entre o bem e o mal,
Queiram-me por inteiro...
Quiçá, serei conciso...
Trêmulo e, ao menos, companheiro.

Para as palavras do peito,
Que resistem a supressão...
Demandam o seu pleito...
Querem falar sobre o coração.

Este, ser cansado,
Da fadiga dos ofícios
Envelhecidos são os seus ossos
E penoso é seu malefício.

"Quando os corações resolvem falar..."

Rafael Nicolay