novembro 30, 2011

Novidades

E talvez eu até queira,
Dominar a arte das palavras,
Nesta vida corriqueira,
Encontrar boas doses em deslavra.

Do papel querido,
Há novidade, meu amigo!
A verdade, entretido...
Em uma mesa qualquer de bar.

Poetizar o mundo,
Os povos e nações,
Entender, profundo,
Tantas rimas e refrões.

Acreditar no ingênuo,
Que faz-se considerar,
Tentar colocar em papéis pequenos,
Aquela forma de amar...

Tolice minha, querer,
Em poucos pedaços brancos,
Inovar, entreter,
Uma platéia sem bancos...

"Pois difícil é perceber,
A novidade e a poesia.".

Rafael Nicolay

novembro 27, 2011

Sapiência.

E de Chico nada tenho,
E de arte me detenho.
Em ordem e forma à medida de tudo,
Ou todo que ignora.

As margens de um ar, navio,
As notas reciclar, em fio...
De cobre, carma,
Em porte, arma.

Alma que delira,
Devaneio que atira,
Em verdade, luta,
Plenitude, conduta...

E quem fala de sonhar,
Não percebe, em casa...
Que um outro mundo lhe dá,
Com asas.

Aconselha-me irmão,
Esguio coração.
A encontrar minha loucura,
Media ponderara, desta aventura...

"Mundana de ser... Sapiens.".

Rafael Nicolay

novembro 24, 2011

Águas.


E os olhos apontaram,
Ao copo pela metade,
Que de água não faltava,
A garrafa e sua verdade.

Que ao encher, transborna,
Ao beber, nada sobra,
E entender, renova,
Ao limpar, água posta...

Em copo de vidro,
E de singelo pedido,
Ao estande, da mesa,
Porta, grade, geladeira.

Em um gole muda,
Emoldura e refaz,
À tanta sede, perdura,
Condição que satisfaz...
"Ser bem maior...".


Rafael Nicolay

novembro 21, 2011

À súplica.

"Nossa sina é se ensinar...".
Tormenta-me a mente,
Produz-se ao som,
Felicita-me, presente,
Resquícios, dons.

A forma de outrora,
Ao modo que não dizia,
Fabulosa aurora,
E a maneira, a qual conduzia...

Tais passos desordenados,
Explicita um sentimento enclausurado,
De forma sutil, plena,
Em cor de anil, serena.

Em teu seio, a dança,
E o teu cerne, nossa música,
Em receio, esperança,
Dos dias atentos à súbita...

"Maneira de olhar...
Ou Não.".

Rafael Nicolay

novembro 19, 2011

O mago.

E ao mago tudo jazia,
Em flor, em dor, em poesia,
Mas ante a sua essência,
Perdura sua impertinência!

"Até o fim...".

Rafael Nicolay

novembro 15, 2011

Outrora, melodia.

E ao ontem,
Retirado ao dia,
O hoje,
Tua nova melodia.

E o que sou,
Perambulas pela mente,
E para onde vou,
Inconstância consciente.

Sou mesmice de todas as manhãs,
Serenatas em noites aos divãs...
Sou palhaço, sou o picadeiro,
Sou boneco, raio, relampejo.

Estabaco de areia,
Caneta, lápis, tudo o que mais se anseia...
Ao recitar, ao escrever,
Ao meditar, ao renascer...

Sou repetição, espetáculo, avião,
Rima em guardanapo,
Verdades em panos de prato,
E por fim, em devaneios, cancioneiro, coração...

"Às rimas de prontidão...".

Rafael Nicolay

novembro 14, 2011

Ao natural.

Será o amanhã chegando,
Ou minha febre terçã dialogando?
Será o rio, cachoeira,
O meio-fio, corredeira?

Seria a nostalgia,
Ou suas vizinhas?
Seria o preço, a prece,
Encanto que rejuvenesce?

É o momento, intermitente,
À melodia, eloquente...
Às poesias, em nossa mente,
Pensamentos, reluzentes.

Em "flashs", memória,
Sinceridades, história,
Em tempo, um marco,
Às águas de março.

Dentre vales e montanhas,
Prospera ao que faço,
Eis os sonhos e as manhas,
De um monge palhaço...

"Inconstância ante ao estardalhaço,
Às façanhas dos primeiros passos.".
Rafael Nicolay
com: Julia R. Schwartzman & Artur D. Rossi.

novembro 13, 2011

Diadema!

Eis a derradeira canção,
Minh'alma de prontidão,
Para o soluço,
Para o vulto...

Entra, adentra,
Casa de Sinhá,
Espanta, encanta,
Nosso momento, nosso chá.

Um tanto quanto maior,
Simples fato melhor,
Fardo, cuidado!
Carrega-me, velado!

E bagunça enfim,
Meu intrínseco fim,
À forma de olhar,
Basta, desapegar...

E há paixão,
Onde ficaste, coração.
Válido, sereno,
Intacto, pequeno...

"Diamante à lapidar..."

Rafael Nicolay

novembro 11, 2011

Estupefata.

Somos crianças, adolescentes,
Adultos, velhos.
Somos o que acreditamos, diferentes,
O belo, o que há de sincero...

Unidos em fé, à falar,
Ante o amanhecer,
À prosa, o cantar,
Por Você, um viver.

E o enjôo, vôo,
A doce cantata,
Incita, ao novo,
Poesia estupefata.

O ponderar essencial,
Traduz, reluz,
Amor incondicional,
Ao som, à cruz.

"À quem foge do condicional...
Vital."

Rafael Nicolay

novembro 06, 2011

Declarado.

Ao cotidiano raro, entrada de meus atos.
E quando surgir,
Há inspiração,
Expira do peito,
Traduz o coração.

Ao expresso simultâneo,
Em olhar momentâneo,
Sem saber o que medir,
Ou seria à consumir?

E há quem declare ausência,
Nada mais á falta de carência,
Eis quem sabe o conhecer,
Enfoque raro do entreter.

Sois poetas raros,
Perambulando entre avenidas,
E de graça, ao faro,
Prendas à nossas vidas...

Sem rima,
Como é o lidar?
Com essa sina...
Sina nossa, de se ensinar.

"E ao fato, transpassado...
Verdade és, amor, declarado."

Rafael Nicolay

novembro 03, 2011

Ser... Eu!

Vago ao batuque,
Entretido ao enfoque,
Perdido pela trupe,
Essência, jaz, nobre.


Rafael Nicolay