março 27, 2014

Farda manchada.

Uma luta com covardia,
A arma aponta para a cara da alegria...
Nessa terra de ninguém,
Ai de quem delatar uma "pessoa do bem".

Ai de quem levantar a bandeira,
Não aquela, com um podre verde e amarelo...
Não com uma 'merda' de Ordem e Progresso.
Mas levantar a camisa verdadeira.

Aquela toda branca, que por hora representa a paz
E amanhã? Torna-se vermelho, jaz...
Ó pátria putrefata, de tantos filhos, tu mataste bem mais de mil...
Esse é um dos lados deste rico e podre Brasil.

E a farda é usada,
Abusada e até ousada...
Que acrescenta sempre mais aos cemitérios,
Este cheiro impregnado e deletério.

Rafael Nicolay.

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