maio 04, 2014

Criou asas, avoou...

Criou asas e pernas e foi pulando.
De muro em muro,
Voando sobre cercas no escuro...
Pelos varais foi escalando.

Quando, de repente, estagnou!
Perdeu o equilíbrio e se estabanou...
Caiu no chão e perdeu a visão.
Tamanha era aquela emoção!

Viu um outro coração a voar
Se encantou e tentou acompanhar...
Mas não foi em vão
Aquele impulso rumo ao outro irmão.

Porém, percebeu, já alto no ar...
Que o seu maior medo era chegar,
Junto a forte ventania
E deixar-se munir e fluir de uma nova alegria!

Rafael Nicolay

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