maio 03, 2012

Cerne.

Sois como a alma cansada
Que aponta para o horizonte
E deambula de forma ponderada
Desfrutando o agora de anteontem...

És como um dia sem pássaros no céu
Intrinseca dor à ausência
Pois como seria o céu sem as nuvens?
És a cena de agora.

Entretanto, existem nuvens
Véus que cobrem toda a tua luz
Uma casa abandonada...
Um lugar para a alvorada...

Entristeces...
À forma de acordar e focalizar o teto mais próximo
Ante aos holofotes do mundo, o sol fez-se presente
Contudo...

"Fez-se decente?".

Rafael Nicolay

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