fevereiro 06, 2020

equilíbrio


Quiçá, nossa façanha mais desafiadora
Buscar o elo conciliador
Mediante aos altos e baixos desta jornada
A resiliência requer ir além da dor.

Adiante ao momento do esmorecer 
Firmar o pé, não batê-lo ou correr
Saber transformar tudo aquilo que se recebe
E acreditar que a vida sempre segue.

Talvez, um mero devaneio
São os pormenores prazeres
Os acertos e erros
Regados de tamanhos dizeres

Assim, somente, não basta um enfoque
Que seja direcionado para um lado
E o outro deixado do toque...
O cuidar, descuidado...

A atenção redobrada,
A verdade é que não existe certo
Muito menos o errado, nesta caminhada

Pois perante as dantescas tentativas
Está o singelo véu 
Que perante nossos olhos,
Insistimos em buscá-lo no céu. 

Ingenuidade seria
Seguir pensando assim
Pois o descortinar desta lida
Consiste na vida aqui, enfim.

Portanto, deves se contentar
Com os baldes de água friolenta
Que recebes durante teus dias
Fazendo tuas noites mais densas

Adentra, por fim, em teu próprio peito
O cerne de sua essência,
Demasiada egóica dos teus afazeres 

Mas saibas também atender
Os momentos em que és requisitado
Pois o preço que tu cobras 
Não cobre o tempo empenhado...

De que adianta, então, 
Tantos prazeres efêmeros 
Quando extingue-se da presença e gratidão 
Perante ao torpor dos teus saberes.

Mantém, tua sanidade intacta
Neste mundo tão desigual
E lembra dos presentes do agora
De um lugar atemporal

Marcastes assim tua jornada
E aceitastes o teu destino
Deves deixar certas atitudes de lado
Para continuares no período matutino

Quem sabe, assim
Poderás aproveitar mais os verdadeiros primores
Não deixes de lado
Tuas promessas e teus amores.

O equilíbrio reside na escolha, 
A sabedoria vem junto a bagagem
Os sentires efêmeros desta lida,
São alentos ou pesos para tua viagem?

Rafael.

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