fevereiro 02, 2020

insetos interiores

Surgem perante a manifestação da luz
Esta, tal qual um holofote, os fazem gritar
Esperneiam dentro de nossas mentes
Rastejam pelos nossos corpos...

E nós, ingênuos, não sabemos quando passará. 
Tentam, deveras, dissipar-nos
Colocar-nos em casulos da alma
Expressar o que sentimos, mas pertence a nós?

Por mais que ocorra a identificação, 
Não necessariamente é a verdade em questão 
É o somático aparentando,
Aquilo que não queremos enxergar.

O grito seco, o olhar sem vigor,
A atitude em revolta
Tudo a volta é mau-humor...
Pois a ideia é a decadência.

Assim, insetos da alma
Tentam permear o coração 
Não são de outrem, senão nossos
Particulares e intransferíveis. 

O que podemos fazer?
Olhar bem para cada um deles.
Dos meus, eu que tenha a coragem de domá-los
E neste processo, torço para não acordar os seus.

Pois aqui, de mim, só eu sei o proceder 
E ante a dedetização, o expurgo
Perante a identificação, a luz
E durante a limpeza, o amor.

Estes são, os meus insetos interiores...

Rafael.

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