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O pavor de um toque, o suspiro ofegante, o medo dentro do peito, coração palpitante, idade das trevas, amarga vivência, coragem para adquirir, momentos para refletir, passos a dar, tudo deixar guardar-se em uma caixa, que esteja na mente, que exista lá, que seja conhecido o seu conteúdo que não amedronte-se por seu modo único, seja de pavor, terror.
Não tenho o que dizer, sem meu peito palpitar, sem meus olhos brilharem por sucessivas correntes da face, passando pela boca sem sorriso, escorrendo até quase o pescoço e por sua tensão superficial, adquirir o formato de uma gota, espatifar-se ao chão. Nem mesmo um aperto de mão pode dizer, o que é, como que é, a mente emite flashs, o coração emite pulsações, os músculos preferem a rigidez e a procura do réu, constante desejo de compensar o que foi tomado.
E pela proteção, assim ergo minhas mãos, de punho fechado, de peito aberto, de olhos brilhantes por um pedido de justiça, por frases tocantes que mudem essa perspectiva.
Tragam a flor, o coração, o amor, os sentimentos bons e assim colonizem tua mente, façam de tua imagem algo transparente ao ponto de sumir, de entender o caminhar, de começar novamente a viver e entender como andar."
(Rafael Nicolay)
(Rafael Nicolay)
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