outubro 28, 2010

Proximidade.

       "Em minhas memórias próximas, a obviedade dos dias que antecedem, entendo melhor a consciência do Eu. Este que preenche os espaços da vida, dentro do cérebro, por meio dos pensamentos, pensando em ‘Ser’.
       Não decifro este enigma, não por incapacidade, mas pelo não voto, fique como está, seja como és. Lindo.
       A entrega, ou não, a cautela, porém, uma recepção um pouco precipitada, mas o que valera a espontaneidade, esta última, sem precedentes imagináveis ou quem sabe um.
       Não entrar em contradições, mas afirmar o que é sentido, o frio, o calor, suspiro, ar. Ar com ah, rima, porém não é esta a intenção. Qual intenção? Má não é, mas curiosa.
       Percorrem as extremidades do corpo, aquecendo-as, em belas danças, autônomos movimentos, os olhos fechados, imaginando o melhor do que há, e o que há?
       Sorriso de lábios fechados, portas em quartos trancados, verdades em poucos gestos, ah, tranqüilizante.
       Sem mais o que dizer, basta respirar, então forçar, um abraço já entregue, por graça, por afeto, por algo a mais. Não é cena, nem obsceno o pensamento, o momento, o local. É único e digno de memória, minhas próximas, não só, alegrias."

23/10/2010.

(Rafael Nicolay)

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