novembro 11, 2010

Aquela tardia e nostálgica manhã.

A nostálgica manhã de todos os dias, quando acordo, quando coloco meu pé direito em toque, mas que chão gelado. Passo por pisos em passos pisados em chinelos trocados até um obstáculo, aliás, dois, uma porta e dois olhos fechados.
Surge quem sabe um terceiro, é pelo sonho, pela vontade, pela saudade, vocês! Sim, aquelas manhãs com os melhores cafés, as melhores risadas e piadas não tão melhores, mas o que importava eram os sorrisos, os abraços e a forma de discutir, imitar, cantar e até de subir, sim, escadas novamente. Um tempo onde as responsabilidades tinham apenas o quê? Dois meses de vida? Para uns até mais que isso, mas que agora mostra como tudo muda e a nostálgica parte pulsa em meu coração. Tempos de tristeza faziam parte do meu Eu, vontade de chorar e agonia no peito, de querer sentir o que já foi sentido um tempo atrás, um ano para ser exato.
E depois eu recomponho meu corpo, endireito meus ombros, olho para cima e digo 'agradecido meu Deus', pois pessoas passam por nossas vidas todos os dias em todas as avenidas, em todos os quartos que escolhemos abrir portas, porém, algumas ficam e esse ficar não precisamente é por tempo, mas por intensidade, desenvolvimento de maturidade, sempre um aprendizado e conselhos dados.
Ah, sinto saudades, muitas, mas não deixo que isso impeça o que eu quero agora, tomar café lá fora, debaixo das cobertas, observando o céu, o amarelo em forma de véu que o sol propõe a lançar para todo o dia, com a melhor esperança de que um café não será mais sozinho, sem vizinhos, mas com amigos, verdadeiros até o umbigo. Sim, vocês.
E uma homenagem aqui não presenteio, não sei escrever, mas digo a vocês, meu coração feliz bate, feliz meus passos são em novas direções e com a certeza de que nos encontraremos no dia-a-dia acabando com esse problema de nostalgia, com cafés menos amargos e solitários e com risadas para todos os lados.
São novos passos, caminhos e escolhas, mas há a lembrança guardada em cada um de nós e mesmo que , para nos reencontrar, o tempo se faça presente com sua distância, a certeza é de que estamos marcados, uns e outros, não sei do para sempre, mais sei da gente.
"E aêee gênte!"


(Rafael Nicolay)

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